Inspiração: A Flor

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Ponto de Vista Voltan

-- AMOORRRR -- Grito pra Caio que estava na sala mas, ele não responde.

Resolvo descer pra procurar ele, como depois de amanhã faríamos 2 anos de namoro, pensei em jantar em algum lugar legal, na verdade eu só queria tentar voltar a ser o que eramos nos primeiros meses de namoro, parece que depois disso meu namoro só foi regredindo, parece que estamos juntos apenas pra não ficarmos no auge dos 26 anos sozinhos.

Quando enfim vejo Caio, o mesmo está jogando videogame, o que era normal, ou ele trabalhava, ou jogava, ou dormia... ou comia, tinha dias que ele nem chegava a falar comigo, mas eu esperava que tudo fosse mudar.

-- Amor -- ele contiuava jogando -- amor... amor... Caio... CAIO -- Nesse último ele me escuta e me olha irritado.

-- Fala Carolina -- ele diz zangado e volta a olhar para o jogo, suspiro.

-- Estava pensando em depois de amanhã a gente sa... -- ele me corta.

-- Não vai rolar, tenho futebol, vou sair com os cara pra jogar e depois vamos no jogo. -- Ele fala e eu me sinto meio mal.

Eu não sei aonde eu tava com a cabeça ao pensar que Caio lembraria do nosso aniversário e resolveria comemorar comigo, acho que essa relação tem que acabar, mas... e se ele for o amor da minha vida? E se for apenas uma fase ruim? Existem casais que terminam e voltam melhores, acho que se estivermos namorando pode ser que em algum momento a gente... seilá... volte ao normal?

Okay eu preciso sair, preciso pensar, preciso respirar e tomar uma decisão, mesmo que eu não goste, isso precisa acontecer, você vai ama-lo ou deixa-lo Carolina?

Tomo um banho e troco de roupa, estava bem frio lá fora, então resolvo colocar uma calça jeans e um moletom branco, confortável e suficiente pro frio que estava fazendo.

Saio de casa sem falar com Caio, ele provavelmente não veria de qualquer forma e nem se importaria se tivesse visto, mais um motivo pra eu manter meu pensamento sobre acabar com isso... o único problema era o medo de ficar sozinha, o que me deixava apavorada, sempre quis ter uma família e começar do zero é meio... desgastante...

Ainda pensando começo a ouvir um som, ao fundo bem fraco, conforme vou andando na rua o som vai aumentando, indicando assim que a cada passo eu estava mais próxima dele, percebo que naquele trecho tinha algumas pessoas na rua, sentadas, de olhos fechados sorrindo, por ter prestado atenção nisso acabo esbarrando em alguém, nesse caso em um garoto, parecia ter uns 17 anos.

-- Desculpa -- Falo olhando para ele que sorri.

-- Isso por aqui é normal, tava focada na música né? -- Concordo confusa -- Essa mulher tem um toque de anjo, todos param pra ouvir, ela trabalha ali -- Aponta pra uma loja no final da rua e sai de perto de mim.

Olho para a loja e é como se meus pés me levassem até lá sem seguir meus comandos, quando percebo estou em frente a loja, que logo percebo ser de instrumentos musicais, não tinham muitas pessoas, percebo só duas pessoas trabalhando, a balconista e uma menina que atendia uns clientes

-- Pode esperar um instante? Já atendo você -- A balconista diz e percebo que está terminando de ajudar um cliente.

-- Deixa que atendo -- Olho para ao lado e percebo uma terceira funcionária, ela tinha um violão na mão e um sorriso no rosto. -- Oi, Sou Babi, o que deseja? Algum instrumento específico?

Sua voz era doce, seu sorriso era lindo, fico alguns segundos a encarando até perceber que preciso arrumar uma desculpa por estar ali, olho em volta e penso em alguma coisa pra comprar.

Apenas BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora