The Contract Part III

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Seul, Coreia do Sul.


A ômega observava tudo encantada, aquele lugar era lindo, simples, mas lindo.

- Obrigada por me trazer aqui, Soojin! Esse lugar é incrível! - Shuhua agradeceu ao ver que a alfa se aproximou dela.

- Sempre quando eu estou passando por um momento difícil eu venho pra cá, me acalma! - Soojin respondeu. - Eu não poderia te deixar sozinha em uma cidade que você mal conhece após o que aconteceu na reunião.

- Você não precisava ter ido atrás de mim, mas mesmo assim você fez... Como eu posso te agradecer? - Perguntou a ômega, Shuhua não conseguia mais desfarçar, estava encantada com alfa.

- Com um jantar! - A alfa foi direta, não iria perder tempo em dar início ao seu plano, quando mais rápido a ômega se apaixonasse por ela, melhor.

- O q-que? - Shuhua gaguejou, não esperava que a alfa a convidasse para um encontro no mesmo dia em que se conheceram.

- Um jantar, é como você pode me agradecer por ter te ajudado, um jantar e eu não aceito não como resposta. - A alfa se aproximou se Shuhua com um sorriso galante, sabia que suas ações desde o momento que entrou naquela sala de reunião estava causando algum efeito na ômega.

- Mas agora a gente tem que ir, Yuqi me avisou que vocês tinham um encontro, ela já está te esperando no local. - Soojin falou.

A ômega assentiu e seguiu a alfa até o carro dela, não saberia o que teria acontecido consigo se não tivesse tido a ajuda de Soojin. Assim que entrou no carro fechou os olhos e apoiou a cabeça no encosto do carro sentindo as lembranças da reunião invadiram a sua mente.


Flashback On


Quinze minutos. Haviam se passado quinze minutos que Shuhua tinha acabado de ler o contrato junto com seu pai e Soojin.

Foram 15 minutos de silêncio.

Shuhua não conseguia explicar a confusão de sentimentos que sentia agora. Lia e relia aquela frase várias vezes, uma frase tão pequena, mas que conseguiu fazer a ômega sentir o que ela sentia na infância.

Impotência, inutilidade, insignificante, descartável.

Lágrimas se formavam em seus olhos, foram anos da sua vida que foram jogados no lixo, aulas, diplomas, certificados. Todo o seu esforço para conseguir orgulhar o seu pai, de assumir a empresa que com tanto esforço conseguiu construir. Tudo isso foi inútil, toda sua preparação de nada servia, porque é uma ômega.

- Shuhua, minha filha. - Seu chamou quebrando o silêncio, tentando trazer a filha de volta para realidade.

- O que você acha que eu sou? Que tipo de brincadeira é essa? - Perguntou Shuhua com a voz embargada, a ômega finalmente levantou a cabeça, deixando a mostra o seu rosto banhado em lágrimas.

Soojin observava tudo em silêncio, apesar de ter adorado saber que a ômega precisava se casar porque isso só iria facilitar as coisas para ela, ver a ômega naquele estado fazia seu coração apertar.
Ela parecia estar tão... Quebrada, decepcionada.

- Shuhua, me desculpe, eu tentei tirar, mas os acionistas foram precisamente claros que você deveria estar casada. - Yeh falou tentando acalmar a filha, mas a cada palavra a mágoa e raiva de Shuhua aumentava cada vez mais.

- Do que adianta ser a merda do CEO se você tem que obedecer a aqueles vermes? É a sua empresa! - Shuhua gritou se levantando da cadeira e jogou o contrato em cima da mesa de reunião.

- Shuhua, não fale isso! Eles tem 59% das ações da empresa. Você sabe que no começo foi difícil eu precisava do dinheiro para fazer essa empresa crescer. - Yeh se explicou para mais nova.

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