Capítulo 15.

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Capítulo 15 - Bônus Kurts.

Quando Nica me ajudou pela primeira vez no meu alojamento, eu nunca imaginei, que iríamos começar a namorar de verdade.

A realidade, é que eu não conseguia entender o que ela podia ver em mim. Eu não tenho nada demais.

Não sou nenhum cara lindo, não tenho uma fortuna para ostentar e nem um carro do ano.

E mesmo assim, ela resolveu me dar uma chance.

Não posso mentir, e dizer que foi fácil, tomar uma atitude e falar a ela, que eu queria que tivéssemos algo, que eu havia esquecido e superado minha paixonite por Rafaela. A verdade, é que às vezes, eu me pego pensando na minha amiga e sinto saudade de tudo o que fazíamos juntos, das noites de festa, de dormir com ela... E então eu olho Mônica e me sinto péssimo por isso. Ela não merece algo assim.

Acho que nunca vou ser bom o bastante para ela.

Mas não posso deixar de tentar. Eu fui até ela, foi eu quem disse que estava pronto para seguir em frente. E embarcar em um namoro de verdade com ela.

***

Quase quatro meses de namoro, e o que eu posso dizer é que nunca escolhi algo tão bem quanto agora.

Eu nunca estive mais feliz, do que estou nos últimos meses. Mônica é maravilhosa. Se como amiga ela já era assim, como namorada, ela é muito mais.

Tudo sobre nós dois é perfeito. Cada olhar, cada beijo e cada toque.

Eu nunca acreditei em alma gêmea, ou coisas do tipo, mas agora, eu acredito. Com Mônica, eu me sinto completo.

E é por isso, que eu decidi ligar para minha família em Lajeado e contar sobre meu namoro. Combinar uma visita, para apresentar Mônica aos meus pais e minha avó.

É engraçado o fato de eu estar dormindo e pensando sobre todas essas coisas. Então quando abro meus olhos e não vejo Mônica ao meu lado, me sinto vazio. Eu queria estar sempre com ela, mesmo sabendo que meu sogro não gosta da ideia de dormirmos juntos.

Me levanto da cama e tomo um banho rápido. Assim que volto para o quarto, alcanço meu celular e ligo para minha mãe.

-Oi querido! - diz ela do outro lado da linha. - que saudade, filho.

-Oi, mãe. - respondo com um sorriso. - também estou com saudades de todos aí.

- Como estão as coisas aí? - pergunta. - quero que tu venha ficar uns dias em casa durante as férias.

- Eu liguei exatamente por isso. - digo me sentando na cama. - Eu quero que vocês conheçam uma pessoa.

Minha mãe fica em silêncio, esperando o que eu tenho a dizer. Não posso negar e dizer que não estou nervoso.

- Eu estou namorando. Há quatro meses, mãe. - digo, não conseguindo esconder a felicidade da minha voz. - E estava pensando em levá-la aí, para todos conhecê -la.

Minha mãe solta um grito de felicidade do outro lado da linha.

-Claro! - diz ela. - Estou muito feliz, filho! Qual o nome dela?

-Mônica. - respondo sorrindo.

-Mônica... - repete minha mãe, quase em adoração. - Quando vocês irão vir?

Penso um pouco a respeito.

-Estamos na última semana de viagem com a família dela. - digo. - sem ser nesse final de semana, no outro. Assim dá tempo de arrumar as coisas e de se preparar para ir aí .

DOCE VENENO - SPIN-OFF de Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora