Capítulo 12.

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Capítulo 12.

Quando finalmente deixamos o aeroporto do Rio Grande do Norte, entramos no carro alugado e vamos rumo a praia da Ponte Preta, em Natal. Tínhamos alugado um apartamento, que ficava próximo a praia, para passarmos o mês. Ia ser maravilhoso. Eu amo as praias daqui.

Infelizmente, tive que aturar todo o percurso de carro, sentada entre Kurts e Nicolas, no banco de trás do carro. O que devo deixar claro que não foi nada fácil, considerando todas as vezes em que acidentalmente as mãos de Nicolas pararam em meu joelho. Eu tive que respirar fundo várias vezes para não lhe dar um soco, dentro do carro mesmo.

Por mais que eu esteja me esforçando, não consigo entender o que aconteceu com o antigo Nicolas. Aquele por quem eu havia me apaixonado quando mais nova. Às vezes até me perguntava se ele, de fato, existiu alguma vez, ou se era apenas uma ilusão de uma menina boba e apaixonada. Acho que eu imaginei tudo, pelo que me apaixonei por ele.

Quando finalmente chegamos ao condomínio, eu saio rapidamente do carro. Eu queria arrumar minhas coisas, e ir para a praia o quanto antes.

Assim que subimos, eu fico maravilhada. O apartamento é incrível, a vista que se tem da porta-janela da sala de estar é a orla da praia, com a água extremamente azul e a areia branquinha.

-É tão lindo quanto da última vez que viemos. - diz minha mãe, parada ao meu lado.

Concordo com a cabeça e sorrio.

-Nunca me canso desse lugar. - digo.

Kurts vem até onde estou e envolve minha cintura com os braços, me abraçando por trás. Relaxo meu corpo contra o dele e percebo o quão cansada estou, da viagem.

-É realmente bonito. - diz meu namorado, plantando um beijo na minha nuca.

Alguém limpa a garganta atrás de nós e eu me viro, para ver meu pai nos encarando.

- Eu dividi os quartos. - diz ele. - O quarto principal, será meu e da sua mãe, o quarto ao lado será o seu, - ele me diz, então se vira para Nicolas que está parado atrás dele. - Depois é o seu e por último o de Kurts.

Reviro os olhos.

-Sério que tu quis nos deixar o mais longe possível? - pergunto rindo.

-Um pai pode se iludir. - diz ele com um sorriso triste.

- Só se iludir, mesmo. - concordo.

Minha mãe ao meu lado, me dá um tapa no braço e se afasta andando em direção ao corredor que levava aos quartos.

- Eu não sei vocês, mas eu vou arrumar minhas roupas e depois dormir. - diz ela, sem parar de andar. - Estou exausta.

***

A primeira coisa que fiz, depois de desfazer as malas, foi arrastar Kurts para a praia comigo.

Era fim de tarde, então o calor não era tanto a ponto de estarmos de roupa de banho. Eu só queria um tempo com ele. Só nós dois.

Caminhamos de mãos dadas ao longo da praia, observando algumas crianças jogando bola e outras construindo castelinhos de areia.

Kurts solta minha mão e passa um braço sob meu ombro, me puxando para mais perto dele.

- Eu queria dormir contigo, - diz ele com um suspiro. - estava rezando que o apartamento tivesse um quarto a menos.

Solto uma risada alta e acotovelo de leve suas costelas, quando Kurts se encolhe de forma exagerada eu pulo em suas costas, entrelaçando minhas pernas ao seu redor.

-Nós vamos dormir juntos. - digo rindo, quando ele segura minhas pernas e começa a correr. - Confie em mim.

- Eu confio. - diz ele rindo. - Mas e tu? Confia em mim?

DOCE VENENO - SPIN-OFF de Doce TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora