Capítulo 10

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Bath, Maio de 1878.

Enquanto seus pés a levavam pela trilha que já fizera tantas outras vezes, Isabella ainda ouvia ecoando em seus ouvidos os galopes rápidos a pisar no caminho de pedra que levou a carruagem cada vez mais longe dos portões de ferro da Casa Moreland, que tinha levado Daniel cada vez mais distante dela. Ele tinha ido embora, partido com a promessa de retornar e havia levado consigo a parte do seu coração que já pertencia a ele. Todas as palavras que tinha dito tinham sido verdadeiras, do lugar mais profundo e puro da alma, não havia mais volta para ela, como um livro favorito que não queria que chegasse ao fim das páginas amareladas, precisava dele para continuarem escrevendo juntos a história. Tinha desejado uma aventura épica e tinha conseguido um romance digno das peças de Shakespeare... e não mudaria uma só linha.

Daniel tinha partido no dia anterior, mas ela já sentia sua ausência a rondando, viva, quase como um sentimento fantasma e à medida que se aproximava do lugar onde as lembranças dos dois eram mais vívidas tudo só se intensificava, se fechasse os olhos jurava que quase podia vê-lo encostado à porta com os braços cruzados, cabelos ruivos desalinhados pelo vento, olhos de chocolate quente risonho e um sorriso tímido no rosto que aumentava a cada passo que ela dava. Sentiu-se momentaneamente tola por todo aquele sofrimento e angústia em seu peito, confiava em Daniel, tinha sua promessa e era a ela que iria se agarrar até seu retorno para que pudessem viver todos os planos que fizeram juntos.

A poucos metros de distância da cabana Isabella paralisou, entre as lágrimas que nublavam seus olhos pôde perceber que a porta estava entreaberta, sua mente confusa corria solta com as possibilidades, uma pontada de medo a instigava a correr para lado contrário, tinha quase certeza que da última vez que estiveram lá trancaram a porta ao sair, mas a esperança subjugava qualquer sentido de autopreservação que pudesse ter e mesmo assim seguiu em frente.

— Daniel? — ela ouviu-se perguntar na crescente expectativa de que ele estivesse lá, mesmo que aquilo não fizesse nenhum sentido no momento — Daniel, você está aí?

Como perdoar um Marquês | LIVRO 2 |  (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora