A Mansão Lúgubre

VI - A morte

VI

A morte

Agora eu havia me lembrado.

Cenas passaram em minha cabeça. Sendo levado algemado por corredores, eu olhava em meu reflexo e enxergava Tânato. Fui torturado com socos e maquinas elétricas. Eles afogavam minha cabeça em uma água totalmente gelada, eu conseguia ver o meu reflexo agora. A maquiagem estava borrada e outra parte tinha saído. Tânatos era só um personagem. Meu nome era Luís Gomez, mas a muito tempo não me chamavam assim.

"Vamos executá-lo em público para que sirva de lição para os outros". Eles disseram e assim fizeram. Após meses de tortura, já havia esquecido quem realmente era e o que fiz, mas mesmo assim, me jogaram de um prédio durante um protesto.

Depois de ficar imerso em uma imensidão branca, tudo escureceu e assim surgiu uma porta cujas frestas mostravam uma iluminação branca. Olhei para trás e na escuridão vejo Tânato levando o dedo indicador à boca, pedindo silêncio. Surgiu ao lado dele a criança de lagrimas negra, os irmãos gêmeos logo atrás e a mulher com a boca costurada surgiu tocando em seu ombro. Logo senti algo tocar o meu ombro também, atrás de mim estava minha amada Carolina, seu rosto era lindo como uma flor. A sua boca mostrava-se doce como sempre foi. Ao lado dela os dois irmãos gêmeos Heitor e Hugo e ao meu lado a Alice sorridente com seu urso em mãos. Tânato estava sozinho agora e sem dizer uma palavra, ele veio até mim e me entregou uma chave, nela estava grafada "Morte". Eu me virei e abri a porta luminosa, a Alice foi a primeira a entrar seguido pelos irmãos Heitor e Hugo, Carolina seria a próxima e ela me estendeu sua mão.

— Vamos!

Eu olhei para trás e com um aceno de cabeça Tânato se virou e seguiu caminhando para vasta imensidão negra. Olhei para o sorriso de Carolina segurei em suas mãos e entrei na porta repleta de luz. 

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Música de inspiração: