04 | Um fardo para carregar.

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liability — lorde

"ela é tão difícil de agradar,
mas é um incêndio florestal
dou o meu melhor para atender às suas exigências
romantizo, dançamos lentamente na sala de estar
mas tudo o que um estranho veria
seria uma garota balançando sozinha."

Seattle, Washington

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Seattle, Washington

Eu odiava ter tentado beijá-lo. Se em algum momento da minha vida eu cogitei que era sequer minimamente inteligente, no segundo em que acordei no dia seguinte soube que eu era a Brown mais estúpida já viva.

Eu penteava meus cabelos furiosamente enquanto encarava meu reflexo no espelho imundo do banheiro da escola. Meu cabelo não tinha culpa alguma, mas era bom poder punir alguém pelas minhas escolhas de palavras e ações.

Era culpa minha, de qualquer forma. Por ter aceitado o maldito drink batizado que me fez ter delírios. Isso, foram as alucinações que me fizeram cogitar que Andrei é algo além de um idiota que eu deveria evitar.

Minha mente não parava de pensar na possibilidade da foto que aquela garota tirou, e logo em seguida apagou por livre e espontânea pressão, chegasse nas mãos do meu pai. Ele provavelmente transferiria a empresa para a Austrália para que eu nunca mais tivesse contato com nenhum Dawson enquanto vivesse.

Ou talvez me mandasse para um internato. As duas opções eram terríveis.

— Estou vendo que você ainda está brava... — comenta Isy.

Eu não contaria que não estava mais tão preocupada com a bebida que ela me deu, porque minha cabeça não parava de pensar no idiota de olhos azuis que tinha escolhido infernizar a minha vida.

— Que bom que ainda tem olhos. — rebato, nenhum pouco convidativa para continuar essa conversa.

Haviam outros banheiros na escola, porque ela não ia em algum dos outros?

— Me desculpa, Michelle. Eu realmente não sabia sobre o teste!

— E isso minimiza as coisas? Você me drogou, Isy. Isso é literalmente crime, e é uma baita quebra de confiança. Eu sei que você queria se divertir, mas poderia ter apenas me perguntado se eu queria isso também! Agora tá tudo acabado. — eu solto a escova, deixando-a cair ruidosamente na pia do banheiro.

A garota funga, parecendo verdadeiramente arrependida.

Meu maldito coração mole estremesse, fazendo com que eu me arrependa do tom que usei. Essa garota loira é minha amiga mais velha, e definitivamente é uma boa amiga. Uma parte dentro de mim implora para que eu a perdoe.

— Você me deve um favor. — anuncio, tentando parecer mais zangada do que realmente estava agora.

Seus malditos olhos castanhos se iluminam.

HIS TOUCHOnde histórias criam vida. Descubra agora