Capítulo VII - Como ele acabou em (outro) consultório médico

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Capítulo VII

Como ele acabou em (outro) consultório médico

Dia 191

— Tem certeza que esse vestido não é meio demais? – Rose perguntou pela terceira vez para Scorpius que a esperava ficar pronta sentado na cama dela, mexendo no celular.

— Você tá perfeita, Rose.

— Eu posso colocar o último que eu experimentei, o preto. Talvez nude não seja uma cor muito festeirística – ela se encarava no espelho comprido do quarto, rodando sobre o próprio eixo para ver como ficava as costas do vestido.

— Rose – ele esperou que ela o olhasse antes de continuar – Você tá perfeita.

— Desculpa – ela se aproximou de onde o namorado estava e apoiou a mão na bochecha dele – Eu só estou meio nervosa.

— Deu pra perceber – ele brincou – Mas sério, Rose, você tá, você é, linda, você já conhece meus avós e honestamente, eles nem vão conversar comigo lá. A gente vai pra marcar presença. Vovó vai estar muito ocupada sendo anfitriã, e meu avô troca duas palavras comigo pra não levantar mais comentários sobre a nossa briga, e depois me ignora o resto do tempo. A gente só vai lá pra eu me vangloriar da minha namorada linda e incrível e pra gente comer o melhor cannelloni desse mundo inteiro e beber vinho de graça.

Ela riu e ele puxou de leve a mão dela para trazê-la mais para perto, mas ela desviou o rosto no último momento e ele acabou beijando sua mandíbula.

— Já tô de batom, tem de esperar ele secar, só depois que posso pensar nesse beijinho.

Ele revirou os olhos mas sorriu, voltando a atenção para o espelho enquanto colocava brincos nas orelhas. Após mais alguns minutos, ela estava pronta.

— Levanta Scorp, vamos lá, se não a gente vai chegar atrasado.

Eles não iriam chegar atrasados: Rose odiava estar atrasada e tinha começado a se arrumar bem mais cedo para justamente não correr esse risco. Ele escolheu ignorar e não pontuar o fato que estava pronto a esperando a muito tempo e só aceitou a mão que ela estendeu para ajuda-lo a se levantar.

— Tem certeza que não pode nem um beijinho? – com os saltos, ela estava quase da altura dele.

— Só um selinho tá.

Ele a agarrou pela cintura devagar e ao se aproximar mais embalou, mantendo os lábios sobre o dela por um tempo, até que ela começou a rir e chegar a cabeça para trás.

— Scorpius!

— Tá bom, tá bom – ele disse, finalmente se afastando e sorrindo para a mulher (absolutamente linda, se ele tivesse de descrever) à sua frente.

— Eu tava brincando, vem cá – ela disse, antes de puxar ele pela lapela do terno que ele usava para outro beijo.

— Só você mesmo, Rose – ele quem ria, ainda mais pela reação da mulher que apenas deu de ombros e sorriu – Eu te amo, sabia?

Ela se afastou um pouco para conseguir observá-lo, sorrindo ainda mais, mostrando todos os seus dentes tão brancos em contraste com o batom levemente avermelhado dos lábios.

— Eu também te amo, Scorpius.

Ele só percebeu que tinha realmente dito aquilo depois da resposta de Rose. Saíram da casa dela e foram para o carro dele, que estava estacionado na garagem, para se porem a caminho do jantar.

(500) Days of RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora