Capítulo 8

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Erick 

Sentir Luísa tão perto parece um sonho. Sei que estou correndo um sério risco, mas estou disposto a pagar opreço. 

Algo forte me liga a essa garota. Antes eu achava queera só desejo, mas, depois do que aconteceu nesta noite, seique gosto dela e gosto muito.Estou desnorteado, sem saber como agir. A vontadeque tenho é de deixá-la fugir, mas simplesmente não posso.Se aqueles caras descobrissem, eu seria um homem morto.E, além de que, não seria só a minha vida que estaria emjogo; minha família também correria riscos.

 Provavelmente estou metido na maior encrenca daminha vida, mas o que sinto por ela me deixa completamente louco. Juro que tentei resistir, mas eu não consigo. Ébem mais forte que eu. 

O dia amanhece e me pego velando seu sono. Luísaparece tão serena e confortável em meus braços; muito diferente daquela garota assustada que chegou aqui dias atrás. 

Ah, se ela soubesse que eu seria incapaz de machucá-la.Talvez saísse correndo daqui em três tempos e me deixassesozinho. E isso é tudo o que eu não quero que aconteça. Elanão sabe o alvoroço que causa dentro de mim. 

Aos poucos ela desperta, e me surpreendo com seusorriso ao me ver. 

– Bom dia! – diz ao espreguiçar-se, manhosa.

 - Dormiu bem? – pergunto tentando me recompor. 

– Sim – responde ao puxar o lençol para si. De repente, vê a mancha de sangue que se formou no colchão ecora. 

– Sinto muito. 

– Não tem problema. Eu resolvo isso rapidinho. –Sorrio, me sentindo um bobo diante de tamanha beleza. 

– Posso tomar banho? – pergunta timidamente semconseguir me encarar por mais de dois segundos. 

– Claro – limito-me a dizer. 

Como eu queria que ascoisas entre nós fossem diferentes.Luiza levanta e segue para o banheiro enquanto medirijo para a cozinha a fim de preparar nosso café da manhã.Lembranças da noite passada me fazem sorrir; seu corpo,seus beijos, seu cheiro, seu jeito meio sem saber como agir.

 Não pensei que ainda existissem garotas assim. Luísa exalaingenuidade, e isso me encanta.Quando ela sai do banheiro, volta imediatamenteao quarto, para onde logo depois levo a sua refeição.

 Umsilêncio sepulcral se instala entre nós. 

– Seus ferimentos estão aparentemente melhores –decido falar tentando quebrar o gelo.

 – Sim. Se você quiser pode voltar a... 

– Já disse que não quero mais te ver amarrada. Achoque você já entendeu que não pode tentar fugir. – Tentoencarar seus olhos. – Trouxe seu café para cá. 

– Obrigada. 

– Logo mais terei que me ausentar – aviso me sentindo contrariado. Há alguns dias, daria graças a Deus porter que retornar a São Paulo. 

– Aquele cara vai voltar? – pergunta demonstrandopreocupação. 

– Se ele voltar, eu não irei. Cuidarei para que vocêcontinue bem. – Tento tranquiliza-la.

 - Acontece que eu tenho medo, "Nem ao menos seiseu nome!" – Sorri divertida. 

– Hã? – Semicerro os olhos, procurando entendero que falou. 

– Nem ao menos sei seu nome, portanto é assimcomo vou chamá-lo. 

– Faça como quiser! – Dou de ombros. – Nunca revelaria meu nome para você. 

Paixão em CativeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora