Luisa
Acordo cedinho e decido ir para a piscina. Faço minhahigiene, visto uma roupa de banho e desço para tomar café damanhã. Quando chego à sala, me deparo com meu pai conversando com um homem gordo, alto e com cara de mau.
- Bom dia! – cumprimento-os já passando para asala de jantar.
– Ah, ela acordou. – Doutor Otávio esboça um sorriso. – Luísa, quero te apresentar o delegado Cerqueira. Éele quem está tomando conta do seu caso.
– Cuidando de quê? – pergunto exasperada.
– Sou o responsável pela investigação do seu sequestro, Luísa.
– O homem se aproxima já me estendendo sua mão.– Prazer! – Foi a única coisa que conseguiu sair daminha boca.
– Igualmente. Vim aqui para a gente conversar umpouquinho. Pode ser? – Tenta ser simpático.
– Na verdade, eu estava indo tomar café...
– Oh, não se preocupe! Será uma conversa informale bem rápida. Eu espero o tempo que for necessário.
– Bem... Eu... É...
Tento encontrar uma maneira dedespistá-lo. Não quero ter que colaborar com investigaçãonenhuma. Eu ficaria péssima se ajudasse a polícia a prendero meu ogro.
– Ah, já que é uma conversa informal, o delegadoCerqueira pode até tomar café conosco enquanto conversam. O que acham? – papai sugere educadamente. – A nãoser que tenha algo que eu não possa escutar.
– Oh não, doutor Otávio. Da minha parte não temproblema nenhum até porque eu sei que posso contar como seu sigilo.
– Por mim também não tem problema, só não sei sepoderei ajudá-lo, delegado – digo tentando disfarçar meudesinteresse.
– É óbvio que sim, Luísa. Nesses casos cada informação ou detalhe vale ouro.
– Então, vamos à mesa do café? – chamo-o já lhevirando as costas.
Sento e começo a me servir em silêncio. Não mesinto à vontade em relatar tudo o que aconteceu naquelecativeiro. Muitos desses momentos eu quero esquecer, mas,já outros, sei que guardarei para sempre no meu coração.
– Bem, Luísa... Em primeiro lugar quero que saibaque farei o possível para colocar esses bandidos atrás dasgrades. Pelas fotos que seu pai me mostrou, tenho certezaque são extremamente perigosos e pessoas assim não podem ficar circulando livremente por aí.
Sorrio tentandoparecer calma, mas, na verdade, estou tremendo por receiode falar o que não devo, ou melhor, o que não quero.
– Diga-me: como eles eram? – pergunta, retirando do bolso umbloquinho de papel e uma caneta.
– Não sei. Eles permaneceram o tempo inteiro disfarçados com uma espécie de meia na cabeça.– Todos?
– Sim.
– Quantos bandidos você viu durante o período emque ficou presa?
– Bom, no dia em que me raptaram contei quatrohomens no cativeiro, mas no restante do tempo só tive contato com três.
– E eles deixaram escapar algum nome? Você viualguma tatuagem ou marca que nos ajude a identificá-los?– pergunta atentamente.
– O único nome que eu me lembro de ter ouvido foio do Caveira.
– Caveira?
– Isso. Seu porte era diferente dos outros. Ele é muito alto e muito magro. E também lembro que seus olhossão esbugalhados. – Bom, acho que desse posso falar, já quequero mais é que ele se exploda.
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Paixão em Cativeiro
Любовные романыLuísa é uma jovem cuja família é dona de um dos maiores hospitais do país. Ela sonha em ser médica assim como o pai e a irmã mais velha, Heloísa. Concluiu o primeiro ano de faculdade, e se esforçou bastante para tirar as notas máximas. É uma moça tí...