***Antes de dar início ao 3° capítulo venho dizer a vocês que estou me comprometendo a lançar um capítulo deste livro por dia.
Sempre às 13:30.
Caso haja alguma alteração na frequência e/ou no horário, irei informar com antecedência. Obrigado pela atenção, agora vamos à leitura pois já falei demais rs ***~~~~~~~~~~~~~~~~"~~~~~~~~~~~~~~~~
Encontrar a Jessy já era uma missão super difícil, encontrar ela e conseguir voltar para casa sãos e salvos era muito mais difícil com tantos membros da Seloc fazendo a vistoria em cada canto do centro. Provavelmente alguma câmera de segurança registrou o momento em que houve o roubo do vestido mais cedo e se me verem serei castigado, ou talvez não, pelo fato de estarem focados na busca da Jessy, eu seria apenas um peixe pequeno para eles. Enfim, não é bom abusar da sorte e irei evitar exibir meu rosto por aqui. Preciso manter a discrição.
Dou uma olhada no relógio, já são 20:45, nada havia mudado por ali, nenhum sinal da Jessy, a tensão só aumentava e a esperança ainda dava sinal de presença, mas só pelo fato de eles também não a terem encontrado.
Queria muito gritar o nome dela para que ela aparecesse, mas isso seria inútil, devido ao tamanho daquela área e ao barulho do ambiente, obviamente seria também uma atitude muito desvairada, pois com certeza teria algum daqueles Seloc por perto que iria me ouvir e assim os problemas seriam ainda maiores e tudo se tornaria mais complicado.
Onde poderia estar minha irmãzinha? Qual o motivo dessa perseguição? Ela conseguirá escapar com vida e me explicar tudo? Espero que sim. Infelizmente não posso resgatar ela, não faço ideia de onde aquela garota pode ter se enfiado.
Ouço uma voz a uns metros dali. É o Harry, com um tom super autoritário.
- Continuem procurando, ela não pode ter ido tão longe. Não vão perdê-la de vista como da última vez, seus incompetentes. Em caso de ameaça podem abrir fogo.
Um dos agentes respondeu:
- Certo, Senhor. Tentaremos efetuar a captura sem ferí-la, mas se caso for necessário não hesitaremos em atirar.
Eu estava sem saber para onde ir, fiquei tentando encaixar aquilo em minha mente. Como a Jessy poderia ser uma ameaça para eles? Tão nova e boazinha. Eles é quem são o verdadeiro perigo. Completamente atordoado, segui dando passos sem rumo, sem direção em meio às sombras para não ser notado e à espera de um milagre, pois era quase descartável a possibilidade de encontrar a Jessy e conseguir sair daqui sem sermos pegos por esses "seguranças". Estava eu andando, tentando imaginar o que aconteceria com ela e onde poderia estar, quando de repente algo puxou meu braço, tapando imediatamente minha boca, e me arrastou para uma viela completamente escura.
- Pê, fica tranquilo. Eu estou bem.
Aquela voz me fez querer gritar, chorar, sorrir e pular, o estado de ânimo e esperança que despertou em mim era incomensurável. Obviamente não poderia gritar ali pois corria o risco de ser descoberto pela Seloc, então tudo o que fiz foi simplesmente te dar um abraço bem apertado de alívio. A Jessy estava ali, sã e salva na minha frente.
- Peço mil desculpas, Jessy. Eu poderia ter te trazido comigo quando vim ao centro comprar o seu vestido. A culpa é toda minha por você estar sendo perseguida por esses...esses homens - disse eu.
- Acalme-se! Você não tem culpa de nada - disse ela -, eu que fui atrás de você sem permissão. Além do mais, tudo isso já estava sendo feito. Essa perseguição...não é a primeira vez, Pê.
- Isso tem algo a ver com aquela noite que você apareceu lá em casa? A camisa cinza que você estava vestida tinha um número. 374. O que significa? - perguntei.
- Olha, primeiro vamos dar um jeito de sair daqui e depois eu te explico tudo.
Ela não parecia mais ser aquela garotinha de 14 anos. Na completa escuridão não dava para ver seu rosto, mas era imaginável e perceptível, pela sua voz, que ela estava séria, com medo e, mais ainda, nervosa.
- Então vamos. Vai ser meio difícil passar despercebido com esses brutamontes da Seloc no seu rastro como cães farejadores - adverti com sarcasmo.
- Precisamos ir um de cada vez - disse ela.
- Não! Não vou deixar você para trás de novo, Jessy.
- Um de cada vez! - exclamou com seriedade - Você vai na frente.
Apesar de eu não ser totalmente a favor do plano dela, ela estava certa. Nós dois juntos chamaríamos muita atenção, por mais que andássemos pelas sombras a possibilidade de sermos vistos seria bem maior.
- Está bem - disse eu, meio chateado -, mas não vá se perder de novo.
Na saída da viela olhei ao redor. 4 Selocs rondavam pela área. Consegui sair dali sem que me notassem. Já estava a mais ou menos uns 9 metros da viela e olhei para trás. Jessy estava saindo de lá cuidadosamente, quase saindo das possíveis percepções dos Selocs quando, sem perceber, chuta uma lata de refrigerante. Para o nosso azar, aquela parte do centro estava em total silêncio e o barulho da lata foi como um grito numa biblioteca. Imediatamente fomos vistos e, alertando aos outros, começaram a nos seguir com o objetivo de capturar, acho que não eu, mas sim, a Jessy.
Corremos como se não houvesse amanhã, estávamos alcançando a mata quando um disparo de um dardo com sedativo atingiu o braço da Jessy. Ela caiu a uns 7 passos atrás de mim, completamente apagada. Tentei voltar para resgatar ela, não poderia perdê-la de novo, mas um Seloc disparou com uma arma de fogo em minha direção, por sorte não fui atingido. Não hesitei em adentrar na mata mesmo sem enxergar o caminho. Não me aprofundei muito pois sabia que não viriam à minha captura, afinal quem eles queriam era a Jessy e eles já a tem nas mãos.
Precisaria informar à minha mãe tudo o que aconteceu, mas não tenho tempo para isso, eles estão prestes a levar a Jessy para algum lugar que eu não faço ideia de onde seja. Vou seguí-los. Ouço a comunicação entre um dos Seloc e o Harry pelo rádio comunicador:
- Capturamos ela, Senhor - afirma.
- Ótimo! Ótimo! Agora levem-na para o cativeiro do posto. Amanhã bem cedo a levarei para um local mais privado.
- Sim, Senhor.
Aquela conversa entre eles me fez entender que eu precisava agir e rápido.
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Quem é ela?
General FictionUma garota de 11 anos bateu à minha porta em busca de abrigo. Minha mãe a acolheu e desde então a considero como uma irmã mais nova. Ela nunca nos contou de onde veio e o que a motivou a sair desesperadamente em busca de abrigo naquela noite. Quem é...