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***MUITO OBRIGADO E AGORA VAMOS PARA O CAPÍTULO***
#PARTIIIIIU
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- Vá atrás dele. Eu retiro as crianças daqui - disse a Jessy.
- Mas, e o Robert? - Perguntei, me agachando para tentar acalmá-lo.
Estávamos numa situação muito complicada. Eu não sabia o que fazer; Precisava ir atrás daquele velho, mas também precisava tirar aquelas crianças dali, eu era o mais velho de nós, deveria ser o mais responsável. A Jessy quer que eu vá atrás do Harry ( Essa é minha vontade real, quero furar a garganta dele ). É isso que vou fazer.
- Vá logo! Antes que ele escape. O Robert vai ficar bem - Afirmou a Jessy, agora com suas asas e seguindo em direção às cápsulas-humanas.
Olhei nos olhos do Robert, que estava ensanguentado e caído.
- Robert, amigo, você vai ficar bem, eu prometo. Agora vou acabar com aquele velho maluco.
- Pegue aquele desgraçado e, por favor, se eu não sobreviver, diga ao meu irmão que eu o amo - disse ele sorrindo com lágrimas escorrendo.
Tive que ser forte. Aquele garoto arriscou sua vida para me ajudar sem ao menos me conhecer. Já havia me visto algumas vezes no Santiago, mas não éramos amigos antes de tudo isso. Naquele momento ele era como se fosse um irmão para mim, me identifico com ele.
- Eu prometo que vamos levar, juntos, o presente do seu irmão - disse eu.
Levantei-me e segui como um caçador mortal da mata. Desta vez a presa não era um coelho, javali ou algo assim, o meu alvo agora é um velho pirado. Ele não pode ter ido muito longe, não havia nenhum carro por perto. O portão estava aberto, isso era um sinal de que ele saiu daqui. Com o arco e uma flecha nas mãos caminhei à procura. Infelizmente eu não poderia chamar a polícia para resolver esse caso, pois eu era um negro e o Harry, além de ser branco, tinha a Seloc ao seu favor. A não ser que eu conseguisse expor tudo isso de modo público sem que me vissem ou se fosse divulgado por uma pessoa de pele clara. Logo pensei na Jessy. Ela era só uma criança e acredito que eles não levariam à sério uma denúncia de uma criança. Mas uma denúncia daquelas 30 crianças que estavam nas cápsulas, vítimas desse maluco, talvez seja o bastante para declará-lo como culpado.
O laboratório ficava no final da rua, então só havia como ele ter corrido para uma direção. Era uma reta e à esquerda mais à frente tinha a mata. Provavelmente ele entrou lá. Parece que vai ser mais difícil do que eu imaginava. A mata era extensa e aquela área eu não conhecia. Entrei, pois estava disposto a disparar naquele velho a qualquer custo.
Alguns minutos dentro daquele lugar estava eu, apontando a flecha para todos os cantos imaginando que ele poderia aparecer com aquele rosto de demônio inconsequente a qualquer momento. Ouço um barulho nas folhagens e rapidamente busco o alvo, quando ouço uma voz.
- Pê, sou eu.
Era a Jessy.
- Como soube que eu estava aqui?
- Bom, isso é óbvio. Só há uma maneira do Harry ter fugido tão de pressa. A única saída rápida é a mata. Imaginei que você pensou igual e adentrou na mata para caçar o velho, seus rastros são fáceis de encontrar - disse a Jessy.
- E aí, conseguiu tirar todas as outras crianças daquele lugar?
- Sim. Reuni todas elas, toquei a campainha de uma casa próxima e pedi para que elas explicassem tudo o que aconteceu para a mulher que abriu o portão. Ficaram todas lá. Acredito que a mulher vai procurar a polícia.
Parecia a melhor coisa a se fazer. A mulher provavelmente era branca e poderia ter voz ativa na delegacia ou até mesmo num orfanato para deixar as crianças.
- E o Robert? - Perguntei.
Ela abaixou a cabeça, veio em minha direção e me deu um abraço.
- Sinto muito, Pê. Tirei ele de lá, mas já estava sem vida.
A tristeza e o ódio intenso pelo Harry dominaram-me. Se a justiça da cidade não é justa, irei resolver com minhas próprias mãos.
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Quem é ela?
Fiksi UmumUma garota de 11 anos bateu à minha porta em busca de abrigo. Minha mãe a acolheu e desde então a considero como uma irmã mais nova. Ela nunca nos contou de onde veio e o que a motivou a sair desesperadamente em busca de abrigo naquela noite. Quem é...