Nᴀᴍᴏʀᴏ ᴅᴇ ᴍᴇɴᴛɪʀᴀ • ⁿᵒᵃⁿʸ

10

Any narrando:

Eu beijei o Noah! Eu não devia ter feito isso, agora ele pode pensar que eu gosto dele !

—Aff! Para de drama mulher! Foi só um beijo na bochecha. —

—Eu te perguntei  alguma coisa? —

—Nossa... Tabom então, quando você  precisar de mim eu não vou te ligar! —

O meu subconsciente é muito dramático! Uns são muito perversos outros dramáticos...

Os pais do Noah saíram para jantar e eu acho que eles só voltam amanhã à tarde.

Sinto o meu estômago roncar e isso só significa uma coisa... Hora de comer!!

Será que eu me arrisco em fazer o jantar? Eu vou arriscar...
Eu vou fazer miojo... É a única coisa na cozinha que eu sei fazer.

Abro a embalagem do miojo e jogo na panela com a água fervendo. Eu espero que seja assim que se faça...

E o miojo está pronto! Agora eu tenho de chamar o Noah.
Ele falou que estaria na cave sabe se lá a fazer o que.

Desço até ao porão, abro a porta velha e quase caio no chão.
Noah está sem camisa a levantar pesos! Como se respira mesmo?
Meus olhos fixam no seu abdômen totalmente definido.

Ele olha para mim surpreso.

—Oi Any —sorri tirando os fones de ouvido.

Sorri envergonhada.

—Eu vim... comer... lindo abdômen... miojo eu fiz —falo tudo embolado e ele explode num gargalhada.

Ele percebe o meu olhar no seu abdômen e veste a camisa.

—Melhor? —pergunta malicioso.

Reviro os olhos.

—Eu acabei de fazer o miojo para o jantar, se você quer comer ele quente, ve se se despacha!

Ele ri.

—Quem disse que quero miojo? -pergunta grosso.

Dou de ombros.

— Sobra mais para mim! —dou uma risada e saio da cave batendo com força a porta.

Garoto ridículo!

Sento na mesa da cozinha e começo a comer o meu miojo.

Até que não está mau...

Será que eu deixo um pouco para ele?
Eu vou deixar, mas não é porque eu sou boazinha, mas sim porque eu estou cheia.

Vou até a sala e deito no sofá mexendo no celular.

Vejo Noah entrar na cozinha sem camisa e pegar o prato com miojo.
Ele vem até à sala e senta do meu lado.

—Para quem não queria o miojo, está comendo rápido em? —falo olhando a tela do celular.

Ele revira os olhos, mas não fala nada.
Ele termina de comer e coloca o prato na pequena mesinha que está no meio da sala.

—Até que estava bom... —admite com um pequeno sorriso no rosto.

Meu celular vibra, abro a nova mensagem.

Desconhecido:Você será minha, nem que acabe com o teu novo namorado!!

Fecho o celular rapidamente com a respiração acelerada.

Sem precepitações Any ! Pode ser um trote ou algo parecido...

— Any, está tudo bem? — Noah pergunta preocupado.

Droga! Ele percebeu a minha preocupação.

—Porque não estaria? —respondo com outra pergunta nervosa.

—Não sei... Sei lá... Parece que você  está preocupada com algo... —os seus olhos investigam o meu rosto como se fossem encontrar algo.

Dou uma risada nervosa.

—É impressão sua—falo sorrindo, porém não o convence.

Ele dá de ombros.

Abro a mensagem novamente tentando descobrir quem a enviou.
Recebo outra mensagem do mesmo número.

Desconhecido :Em breve você será minha para sempre!

Atiro o celular para a outra ponta do sofá irritada!

—Porra! Any me diz o que se passa! —Noah pede olhando.

— Noah para! Não tem ninguém aqui, não precisa fingir que se importa comigo —peço com a voz embargada.

—É verdade, eu não preciso mais fingir que gosto ou me preocupo com você! —fala com a voz fraca, porém irritada.

Ele sai da sala irritado.

Atiro o prato para a parede furiosa.

—Eu odeio a minha vida! Eu odeio amar o Noah ! —murmuro sentindo um dor no meu coração.

Minha visão fica turva e acabo desmaiando.

Noah narrando :

Eu não me importo com ela! Eu não gosto dela! Mas então porque eu sinto que isto é mentira?...

Vou até a sala e arregalo os olhos ao ver a Any desmaiada no chão.

— ANY !!! —corro até ela e me ajoelho ao seu lado —Meu Deus, por favor acorda! Eu me importo com você, eu.... acorda por favor!

Algumas lágrimas escorrem pela minha bochecha, mas nem ligo.

Pego meu celular e chamo uma ambulância.

—Isto é tudo culpa minha!—sussurro passando a mão no seu rosto.

Escuto a sirene da ambulância perto, 2 enfermeiras entram em casa apressadas e a colocam na maca.

—Vai correr tudo bem. -sussurro para mim mesmo, observando elas a colocarem na ambulância.