Nᴀᴍᴏʀᴏ ᴅᴇ ᴍᴇɴᴛɪʀᴀ • ⁿᵒᵃⁿʸ

11

Noah narrando :

— Eu não acredito nisto Noah ! Nós saímos por 2 horas e alguém já acaba no hospital — minha mãe briga novamente.

— Mãe, eu não queria que isso acontecesse — afirmo a olhando.

Ela respira fundo.

Os pais da Any já foram lhe visitar.

E agora é a nossa vez.

Any narrando:

Eu odeio hospitais!

A porta do quarto é aberta e por ela entram os pais do Noah e o mesmo também.

Dou um pequeno sorriso.

—Nós ficámos muito preocupados —o pai do Noah fala beijando a minha testa.

Wendy vem até mim e beija a minha bochecha.

—Mas não tanto como alguém aqui—aponta para o Noah com os seus olhos cor de esmeralda rindo.

Noah revira os olhos.

—Eu já estou melhor —sorrio e sinto o olhar penetrante do Noah sobre mim.

—Bom, nós vamos vos deixar sozinhos. Melhoras querida —eles se despedem e saem do quarto.

Olho para Noah que também me olha, mas ninguém fala nada.

—Me desculpa Any, se eu não tivesse dito aquelas coisas, muito provavelmente você  não estaria aqui neste hospital...

—Não faz mal, tu só disse a verdade mesmo. —respondo meio triste.

Ele engole seco desviando os olhos.

—Mas... mesmo assim eu não devia ter dito aquilo —fala se sentido culpado.

—Vamos esquecer isso... —peço olhando a parede branca.

—Isto é tudo culpa minha! Eu não devia ter concordado com a minha mãe, para arranjar uma namorada... Eu estava melhor antes...

Limpo rapidamente as lágrimas dos meus olhos sem que ele perceba.

— Noah, eu quero ficar sozinha... —falo com a voz fraca.

Ele olha para mim surpreso.

—Ué, porquê? - Ele pergunta.

Respiro fundo.

—Eu quero pensar! Eu preciso resfriar a minha cabeça e não o consigo fazer contigo aqui.

Mesmo a contra gosto ele assente e sai do quarto.

Começo a chorar baixinho e uma enfermeira entra no quarto.

—Posso entrar? —pergunta docemente.

Assinto enxugando as lágrimas dos meus olhos.

—Eu reparei que vocês tiveram uma discussão. Se quiser desabafar eu estou aqui...

Dou um pequeno sorriso.

—Eu gosto muito dele, mas ele não tá nem aí para mim.

Ela começa a rir.

—Aí é que se engana minha querida! Eu fui uma das enfermeiras que te socorreu e te colocou na ambulância. Ele estava tão preocupado que eu reparei em algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
Ele te ama, porém não o sabe demonstrar...

Ela dá um último sorriso antes de sair do quarto.

O Noah me ama? Só em sonhos...

Noah narrando:

Eu só faço merda!

Eu admito que fiquei preocupado quando vi a Any desmaiada no chão, mas isso não significa que eu a amo..

Eu não nasci para amar, eu nunca vou amar alguém.

Entro cuidadosamente no quarto e reparo na Any dormindo.
Ela parece um anjo dormindo, ela é linda...

Toco no seu rosto com cuidado para não a acordar.

—Eu sou um idiota, eu só faço merda... Me desculpa Any por ter de me aturar. Eu me importo com você, mesmo eu nunca demonstrando isso, desculpa por todas as vezes que eu te fiz chorar, pois isso nunca foi a minha intenção. Eu sei que não está me ouvindo, eu até acho melhor assim...

Beijo a sua testa e sento no sofá inquieto.

Um sentimento quente percorre o meu corpo todo, entrelaço as nossas mãos e sorrio.