K r i s
5:45;
O sol nascia, ironicamente, enquanto cavávamos mais uma cova e enterrávamos mais um amigo. A morte sendo contemplada pela vida. O pesadelo parecia mais real a cada segundo que passávamos presos naquele inferno disfarçado de abrigo.
Ficamos todos em volta de Minseok e Jongin, em silêncio. Naquele momento o silêncio era o melhor que poderíamos oferecer, mas por trás dele havia toda dor e sentimento de impotência. Já perdemos demais aqui, isso acaba agora.
— Eu espero que outra pessoa assuma o papel de amigo otimista, porque esse Jongdae morreu hoje, junto do Min. — Jongdae quebrou o silêncio, com a voz rouca e dolorida.
Olhei para ele, que continuava na mesma posição de antes. Cabeça baixa e ombros caídos, como se a culpa de tudo isso fosse dele. Jongdae se ajoelhou e respirou fundo, levantando em seguida e indo para dentro da casa.
— Eu quero que todos prestem atenção em mim. — Chamei atenção. — Ninguém sabe o que está acontecendo, mas sabemos que aquele motoqueiro é o culpado e eu vou atrás dele até o inferno.
— Eu falei, pra vocês! — Baekhyun se manifestou. — Eu disse que aquele motoqueiro de merda estava nos seguindo, MAS VOCÊS NÃO ME ESCUTARAM, COMO SEMPRE. — Gritou apontando para mim em específico.
— Abaixa a guarda, Baekhyun! Não é hora pra isso. — Falei entredentes, respirando fundo e tentando manter a calma.
— Tanto faz o que você falou, Baekhyun. A merda já tá feita, agora a gente tem que se preocupar em salvar o que nos resta. — Luhan falou. — Qual é o plano?
9:43;
— Eu, Yixing e Junmyeon vamos caçar esse motoqueiro. — Falei apontando para a janela que dava para o milharal. — Sehun, Luhan e Chanyeol vão abrir aquele portão, nem que tenham que passar a noite lá, me entenderam? — Perguntei e eles assentiram. — É isso, peguem o que precisarem e vamos logo! — Disse, já indo em direção ao quarto.
— Ei! — Baekhyun se intrometeu. — E a gente? — perguntou apontando para Kyungsoo, Jongdae e Zitao.
— Vão ficar de olho em Myunghee e Dora. — Falei simples.
— Você acha mesmo que se aquele motoqueiro enorme vier aqui, a gente dá conta dele? — Kyungsoo perguntou desacreditado.
— Eu confio em vocês. — Sorri pro baixinho. — E o Tao é quase um ninja. — Falei olhando para Zitao que sorriu para mim. — Vamos logo com isso!
Depois que todos concordaram, subi para o quarto, ouvindo os passos indiscretos de Zitao ao meu enlaço.
— O que quer, Tao? — Perguntei com um sorriso inevitável.
— Um tempinho com você. — Falou e deu de ombros. — Estou sendo egoísta? — Perguntou enquanto se sentava na cama.
— Não. — Me virei em sua direção e o puxei pela mão para que levantasse. — Vamos pro banho, não podemos demorar.
Seu sorriso tinha a calmaria da qual eu estava precisando, Tao sempre foi e será meu porto seguro. Não é clichê, é clássico. Puxei seu rosto em minha direção e com a mão em sua nuca dei-lhe meu beijo mais desesperado.
10:31;
— Já estão todos prontos? — Desci as escadas, tentando arrumar meu fios longos e molhados.
— Estávamos esperando vocês. — Sehun resmungou. — Por quase uma hora. — Riu nasalado.
— Tanto faz, vamos de uma vez! — Falei empurrando Sehun pelas costas.

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a colheita
Misterio / SuspensoO desaparecimento de doze jovens, de idades entre 18 e 24 anos, chocou toda Seoul nos últimos dias. ::entenda o caso::