Assim que Estevão entra em casa, persebe que Fermina tinha visitas.
Tratava-se de Felipa acompanhada de sua filha Dora.
Elas moravam ao lado de sua casa e volta e meia apareciam pra tomar chá e jogar conversa fora.
Elas eram uma otima compania pra sua mãe, que reclamava de passar muito tempo sozinha, já que a maior parte de seu tempo era gasta na fazenda do conde e só chegava ao entardecer.
Assim que comprimenta as visitantes pensa em ir para seu quarto tomar um banho e relaxar, sentia-se exausto.
Mais é interronpido pela voz de Felipa.—Porque não senta com a gente para tomar um chá?—A senhora pergunta.
—Eu adoraria mais...Preciso tomar um banho.
—Se banha depois Estevão, não faça essa desfeita.—Fermina reclama.
—Tudo bem.—Ele se dar por vencido e senta em um cadeira ao lado do sofá aonde sua mãe e amiga estavam, no outro, estava Dora que permanecia bebericando o chá, ela solta um sorriso gentil pra ele que retribui com outro.
Asim que é servido leva a chicará a boca e sente sua lingua queimar em contato com o liquido quente.—Você ainda trabalha para o conde—Felipa pergunta .
—Sim.
—Como consegue fazer serviços para um homem daquele.
—Não tenho escolhas no momento.—Ele não gostava quando perguntavam da sua relaçao de trabalho com Thomás, era um assunto proibido naquela casa. Já havia prometido a Fermina que assim que pudesse sairia de lá sem pensar duas vezes.
—Mais não faz serviços sujos como os capangas deles costumam fazer não? Não é?
—O que é isso Felipa?—Fermina parecia ofendida com a pergunta que a amiga acabará de fazer ao seu filho.—O Estevão não é disso, ele é um homem digno e honrado, a unica coisa que faz é domar os cavalos do conde, é disso que ele entende, agora a sujeirada toda que acontece lá é tudo de Cezar e sua corja amando do dele.
—Não foi minha intençao ofender você...— Se desculpa.—Você é uma pessoa boa, não duvido disso.
Havia uma parte que nunca havia contado para Fermina e talvez não tivesse coragem. Já havia feito coisas das quais não se orgulhava nem um pouco.
Tudo em troca de alguns trocados, foi em um momento muito dificil, sua mãe estava doente e de cama, precisava comprar remedios, esses não eram tão baratos.
Cezar viu o seu desespero e aproveitou para propor um trabalho extra, ajudar a colocar fogo nas lauvoras de um fazendeiro inimigo do seu patrão.—Vocês não sabem das novas?—Felipa fala fazendo a atençao de todos voltarem para ela.—O filho de Joane está entre a vida e a morte.— A mulher fala aquilo com tanta naturaridade, como se estivesse contando uma novidade qualquer.
—O que aconteceu?—Fermina pergunta preocupada, Estevão parecia supreso com a noticia, ainda ontem viu o jovem, não aparentava está doente, demonstrava ser um pessoa ativa e esbanjando saùde.
—Encontratam ele caido no chão, com dois tiros no peito. Estão suspeitando de que se trata de uma emboscada.
—Ainda hoje fui a casa da familia Dwarson, visitar Liana e fiquei sabendo do infortunio. Pobre Dylan, tão jovem.—diz Dora com um ar de pesar.
—Depois que a filha fugiu, joane vive doente e agora essa.—Fermina diz apreensiva, não era muito intima da familia Dwarson, mais Joane lhe pareceu uma otima pessoa, sempre tão gentil e simpatica com todos.
—E quem fez isso com ele?—Estevão pergunta.
—Bom...ouvir falar que foi o Cezar, mais ninguem tem provas e se alguem viu, calado ficará, quem é louco de desafiar aquele homem.
—Porque o Cezar faria isso?—Fermina diz.
—Voces sabem da richa que ele tem com a familia Dwarson, tudo por culpa da Libertina.
Estevão olha para Dona Felipa com cara de poucos amigos.
Ela era uma das grandes responsaveis pela má fama de Judith.
Diziam que ela fugirá a procura de aventuras.
Mais sabia que nada daquilo que falavam era verdade.— Quando Judith desapareceu na calada da noite, dizem que o conde mandou reunir alguns homens de sua confiaça e ir atrás dela.
Ela estava armada e conseguiu derrotar todos, inclusive acertou uma espada na perna de Cezar,por isso que ele passou um bom tempo mancando.— Como você sabe de tanta coisa.— Estevão pergunta curioso.
— Tenho uma amiga que trabalha lá na fazenda e ela acaba ouvindo as coisas por alto.— Ele já conseguia imaginar de quem se tratava.
—Então ele tentou matar o moço por vingança?
—Acho que sim.—Felipa responde a pergunta da amiga.
Já era tarde da noite quando alguem bate na porta, repetidas vezes seguidas.
Quem quer que fosse estava muito apressada
Estevão estava sentado no velho sofá enquanto fermina já havia se retirado para dormir.
Havia cochilado ali varias vezes, com preguiça de ir para a cama.—Dora?—Ele dar espaço para a moça passar.O que ela queria aquela hora da noite.—Aconteceu alguma coisa?
—Sim.-Diz afobada. Mais logo se corrigi.—Quer dizer não,só mamãe que até agora não apareceu, pensei que estava aqui.—Ela percorre o olhar por todo o comodo como se quizesse ter serteza que ela não estava.
—Ela não está.Talvez esteja jogando conversa a fora com alguma amiga.—Tenta tranquiliza-la.
—Dora! Você por aqui a essa hora, aconteceu alguma coisa com Felipa?
Fermina pergunta ao vê-la parada entre o espaço da porta aberta.
Estava deitada e sem sono, apòs ouvir barulhos de vozes na sala resolveu levantar para ver o que se passava.—Não fou nada dona Fermina. Só mamãe que até agora não apareceu.
Mais como o Estevão mesmo falou, deve está tagarelando com alguem e se esqueceu da hora.—Provavelmente foi isso que aconteceu, você bem sabe como a Felipa é, fala mais que matraca.—As duas riem.
—Já estou indo tenham uma boa noite .—Se despede.
—Boa noite Dorinha. Melhor o Estevão lhe acompanhar até em casa, já está tarde.
—Não precisa.
—Não é seguro andar sozinha, ainda a essa hora da noite.
—Se quizer, posso lhe acompanhar até sua casa.—Fermina olha para Dora como se suplicasse para ela aceitar a cordialidade dele.
Era nitido o quanto ela queria que os dois se aproximassem, sabia dos sentimentos com Dora nutria pelo seu filho, por ser uma moça boa e filha da sua melhor amiga, não via motivos para não concordar com aquela aproximaçao que talvez resultasse em algo a mais, para a sua felicidade.—Tudo bem.—Dora parecia ter entendido a jogada de mestre de Fermina.
—Quem sabe a essa hora Felipa já deu o ar da graça.
Anbos seguiram o curto caminho conversando, Estevão falava do que ele mais amava fazer, que era domar cavalos, era a sua verdadeira paixão.
—Nunca andei a cavalo, deve ser uma sensaçao incrivel. Você poderia mim ensinar?
—Te ensinar?
—Sim.Se não for incomôdo, é uma pessoa tão ocupada.
—Posso tirar um tempo e te ensinar.
—Quando?—Dora parecia apressada, e de certo modo ela estava, queria mais tempo ao lado dele e aquele auto convite era perfeito para eles se aproximarem.
Cada dia mais, sentia-se cada vez mais encantada por ele.
Sua mãe e Dona Fermina insentivava a sua aproximaçao.
Mais Estevão sempre parecia tão distante e alvoraçado.
Não havia notado os seus olhares, de segundas intençoes.
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judith
Historical FictionCapa feita por:@gracyaney Seculo XVlll ano 1776. Nunca houve ninguem em toda a "Valençia" que tivesse a destreza de Juditih com a espada e a agilidadade dela com o arco. Muitos diziam que em suas veias corriam sangue das bruxas dos bosques sombrios...