judith

capitulo 16

Fermina entrega um copo cheio de água para Liana, a moça tremia os lábios nervosa, ainda estava em estado de choque com a notícia que receberá.
Dora olhava para a amiga preocupada ,já havia tirado seu vestido de noiva.
Mesmo sua mãe insistindo para haver a cerimônia por que haviam gastado muito com a festa.
Não combinaria um casamento naquele clima fúnebre que estava ocorrendo no vilarejo.
Mais infelizmente não pretendia remarcar a cerimônia.
Felipa não precisaria saber naquele momento, mas tarde, quando todos estivessem calmos iria conversar com Estêvão e por um fim naquela armação toda.
O moço já havia passado por lá e conversado com ela, o mesmo foi para a casa dos Dwarson saber do estado de saúde de Judith.

-Preciso ir embora.-Liana diz levantado do sofá.

-Agora não minha filha, não está em condições de ir,quando se senti melhor Dora vai lhe acompanhar.

-Estou melhor, Dona Fermina.
Mais preciso ir ver como ela está.

-Manda notícias. -Dora diz segurando as mãos da moça.

-Sim .Eu mandarei.

Assim que pisa o pé para fora da residencia Liana começa a correr sem parar,segurou na barra de seu vestido rosado para não ter contato com o chão e sujar.
Quem via a moça correndo daquele jeito pensariam que estava louca, seus cabelos negros esvoaçavam com o vento.
Mais Liana não se importava, a única coisa que queria era chegar o mais rápido possível em casa, mais a mesma nunca pareceu tão longe quanto naquele momento.
De repente seu corpo se choca com um outro e quase vai de encontro ao chão caso uma mão não ouvesse lhe segurado.

-A senhora está bem ?-O homem pergunta ainda lhe segurando.
Ele estava com um velho chapéu na cabeça, parecia que havia trabalhado o dia todo exposto ao sol, pois suas vestes estavam sujas e seu corpo suado.
Liana não respondeu a pergunta do homem, permaneceu encarando aqueles lindos pares de olhos esverdeados, em um ato insano o empurra e sai correndo.

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-O que faz aqui?-Dylan pergunta enfurecido para Estêvão que acabará de entrar pela porta que a criada abriu.

-Vim saber como Judith está.-O Homem fala.

-Veio atrás de informações para o conde? Foi ele que te mandou aqui ou o cezar?

-Não tenho nada a ver com eles, estou aqui por conta própria e porque me preocupo com ela.

-E desde quando você se preocupa com Judith?-O jovem começa a alterar a voz impaciente.

-Dylan, se acalme. O moço veio em paz.

-Em paz? Não ver que ele foi mandado aqui para saber como ela está, é provável que querem terminar o serviço, mais fique sabendo que não deixarei que encostem um dedo em mais ninguém da minha família. Nem que pra isso eu tenha que fazer um banho de sangue.

-Ficou louco.-Joane reprende o filho. Seu olhar se volta ao moço que permanecia calado. mais o que ele estaria fazendo ali? não sabia porque, mais não sentia maldade nele, talvez houvesse se tornado amigo da sua filha, afinal, ela passou algum tempo nas prioridades do conde antes de fugir.
Viu em seu olhar, um misto de preocupação e angústia.

-Você é filho da dona Fermina?

-Sim.sou eu.

-Liana foi para um casamento, creio que seria o seu ou ela tem outro filho?

-Era o meu. Mais não haverá mais.

Dylan solta um sorriso sarcástico.
Ele não estava suportando a presença daquele homem, a vontade que tinha era de partir para cima dele e lhe dar uma boa surra.

-Seu patrão está morrendo, foi por isso que adiou o casamento.

-Eu entendo que não goste de mim. Mais se estou hoje aqui é querendo saber como está Judith, sinto um carinho enorme por ela.

Dylan olhou profundamente os olhos de Estêvão, como se quiser lê sua alma.
O que ele queria dizer com isso?
Lembrou que Judtih odiava os capas pretas quase na mesma intensidade que odiava o conde e Cezar.
Sempre repudiou as atitudes de todos eles.
Aquele homem que estava em sua frente não passava de um fingido, afinal se tratava de mais um dos capangas de Thomás, era tão sujo quanto ele e Judith nunca manteria uma amizade assim.

-Ela não está bem.-Joane fala tristonha.

Estêvão sente o sangue gelar em seu corpo.