Após escovar Azalão, Estêvão leva o animal até o bebedouro para matar sua sede. Tinha um carinho enorme por aquele animal, conseguiu juntar um dinheiro extra para compra -lo ao conde.
Só estava esperando o seu patrão se recomperar.
O homem estava progredindo rápido, já havia saído do quarto com o apoio de uma bengala.
Logo estaria bom novamente, volta e meia o médico aparecia para lhe dar uma orientação, mais já não era mais preciso o acompanhamento frequente dele.
Enquanto isso, Judtih desfinhava em cima de uma cama.
Já havia se passado dias e o quadro dela não havia mudado muito.
A última vez que a visitou estava pálida como um cadáver ,parecia que sua alma havia abandonado o corpo?
Seus lábios outrora vermelhos vivos se encontravam esbranquiçados, era como se estivesse morta, caso não fosse o seu coração batendo fraquinho indicando que havia vida ali.
Mesmo que tão distante, havia um fiasco de esperança de que uma hora ela iria acordar.
Se dependesse dele, ficaria ao seu lado até seu despertar.
Mais Dylan havia permanecido o tempo todo lhe vigiando , o moço não confiava nele e nunca fez questão de esconder isso, temia que pudesse fazer algum mau a Judtih.
Mau sabendo Dylan que suas intenções sempre foi as melhores.
Lembrou quando a encontrou no rosseiral.
Ela parecia um anjo em meio às flores, o seu anjo.
Agora estava entendendo aquele sentimento estranho que sentia a tanto tempo, desde a primeira vez que a viu.
Ficará encarregado de levá-la para a residência do conde.
Só não esperava que quando visse aqueles olhos gelados, seu coração parasse de bater só por um momento.
Lembrou-se que uma vez, havia chegado um cavalo selvagem a fazenda, junto com Cezar e alguns homens se reuniram para tentar doma-lo.
Um por um foi derrubado pelo animal agressivo e feroz.
Na vez dele, quando achou que havia conseguido amansar a fera, Judtih abre as cortinas da janela do seu quarto para observar o que estava acontecendo lá fora.
Foi justamente nesse momento que parou para olha-la que se viu com a cara no chão em segundos.
A primeira vez se entregaram um para o outro naquela velha hospedaria na beira da estrada, teve certeza de que não queria mais ninguém que não fosse ela.
E de repente tudo ficou insignificante e sem cor depois que ela partiu.Já havia chegado aos ouvidos de Cezar que Estêvão visitava Judith frequentemente.
Seu ódio só aumentou depois de chegar a conclusão de que ele ajudou na sua fuga a alguns meses atrás.
Estêvão era um traidor e os capas pretas não aceitavam traidores.
Teria que dar um fim nele, mais acabar com sua vida era muito pouco comparado ao que ele merecia por essa traição.
Era nítido que nutria sentimentos pela moça, eles, estavam tão cegos que não haviam percebido.
Quando o conde soubesse que esse tempo todo Estêvão sempre esteve de olho em sua noiva não iria perdoa-lo.
Logo Cezar abre um sorriso que vai de orelha a orelha e solta uma gargalhada terrível.
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judith
Historical FictionCapa feita por:@gracyaney Seculo XVlll ano 1776. Nunca houve ninguem em toda a "Valençia" que tivesse a destreza de Juditih com a espada e a agilidadade dela com o arco. Muitos diziam que em suas veias corriam sangue das bruxas dos bosques sombrios...