VII

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A festa e a armadilha

– Pai?

– Castiel. Entre. – Chuck se surpreendeu um pouco com o chamado do filho mais novo enquanto abria a porta de seu escritório. O alfa, que tinha uma expressão cansada, se aproximou de Cas e deu-lhe um abraço apertando junto de um beijo na testa – Parece que faz tanto tempo que não vejo você ou seu irmão. O que faz aqui?

– Você parece exausto.

Chuck engoliu as palavras, para então abaixar o olhar e consentir com a cabeça.

– As mortes estão aumentando.

– Pai... Os matrimônios não tem chance para nos salvar. Vão nos usar. Sabe disso, não sabe?

— O que mais podemos fazer, meu filho? Sua mãe morreu da mesma doença que está levando nosso povo. Eu realmente não consigo mais ouvir mães chorando pela perda dos filhos.

— Eu sei sobre sua antiga aliança. Eu e Gabe sabemos. – Castiel se aproximou do pai, olhando para o rosto com a barba mal feita que tinha no rosto do alfa que olhava pela janela da sala. E surpreendeu-se quando o mais velho sorriu.

— É claro que sabem. Seria tolice tentar esconder algo de vocês dois. E como você sabe, devo imaginar, John Winchester guarda uma mágoa muito grande de mim e dos assassinos que não conseguimos capturar.

— Mas... Se você soubesse ao menos sobre algo...

— Castiel, se houvesse um mínimo detalhe sobre o incidente, pode ter certeza que eu imploraria de joelhos para o Winchester. John e eu crescemos juntos, enfrentamos perigos juntos. Se houvesse algo que eu pudesse fazer para salvar os nossos, eu faria sem hesitar. Mas não temos. E duvido muito que John deixe-me sair vivo de sua terra se eu resolver lhe pedir por ajuda.

O adulto tocou o cabelo negro do ômega, dando as costas e dirigindo-se para a saída.

— Você sempre fala sobre a doença que matou a mamãe ou que está matando os nossos, mas você não olha pra si mesmo! Essa mesma doença está em você. O senhor está morrendo!

Castiel berrou com a visão embaçada quando prestou atenção que seu pai andava com lentidão e de forma manca. Chuck parou no meio do recinto, mas não ficou ali muito tempo, e saiu do escritório.

(...)

Havia se passado dois dias, dias esses em que Gabriel e Sam estavam todo encontro trabalhando sobre o plano de Gabe, que dizia que se fosse bem sucedido e suas teorias estivessem certas, eles conseguiram salvar os dois territórios.

Mas no último dia, fora diferente. Não era final da tarde. E Gabriel estava em seu quarto, roendo as unhas enquanto olhava a parede do seu quarto, que mais cedo ele havia movido sua estante de livros e agora era só um espaço com várias informações em folhas de papel e pinturas.

Foi quando ele recebeu batidas na porta. E seus ombros deram um mini pulo de susto. Respirando fundo, o ômega rapidamente foi até a porta e a abriu ansioso, se deparando com um pequeno grupo.

Castiel e Sam estavam na frente, mas o grande ômega usava uma manta com capuz igualmente seu irmão. Dean estava vestido do mesmo jeito, e estava meio sem graça ao lado de Balthazar e Ellen, que encaravam os irmãos Winchester como dois fantasmas.

– Estão todos aqui, uh... Entrem. – Como ordenado, todos entraram no quarto espaçoso, Ellen e Balthazar sentaram na cama de Gabriel e suspiraram pesadamente, enquanto os outros três tiveram seu olhar roubado na direção de onde estavam as informações nos papeis. E souberam no mesmo momento que eles teriam trabalho se fossem esconder algum segredo do ômega.

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