O pedido e a foto 

John ouviu quando passos lentos e receosos subiam a escada, ele estava sentado em uma poltrona na sala, e tinha certeza que seus filhos não haviam o visto. Ele observou como Sam e Dean estavam mais que preocupados em fazer nenhum barulho. Mas o mais importante, ele sentia dois cheiros diferentes ali na sala, cheiro de ômega. Sua visão de concentrou ainda mais no cordão prendendo uma pedra da lua no pescoço de Dean, e isso o fez arregalar os olhos e levantar da poltrona de supetão, assustando os dois mais novos que quase tiveram um infarto.

– P-pai?

– De quem? – John falou simplesmente se aproximando de Dean, tocando o cordão e o avaliando. Sam tinha uma expressão assustada, ainda mais por ter percebido que Dean não havia escondido o maldito cordão.

– Eu fiz.

– Você... Encontrou um ômega? Finalmente?! Ah, que alívio! – John deixou a postura de pai prestes a dar um sermão para um pai alegre, que parecia pouco se importar se seus filhos tinham chegado poucos minutos para o amanhecer.

– É... Foi. Foi, sim.

– E então, Sam? Quero ouvir sua explicação. – O alfa congelou.

– E-ele conheceu alguém! – Dean gaguejou, vendo que seu irmão estava demorando demais, Sam corou e não conseguiu suportar o olhar o pai.

– Bem... E porque saíram essa hora da noite?

– Eles são ariscos. É o único horário que podemos encontrá-los. – Dean falou com um sorriso mínimo. Afinal, não era mentira.

– Me apresentem a eles quando quiserem. Quero conhecer meus genros.

– Tá... Vamos nessa. – Dean puxou Sam pelo braço apressado, subindo as escadas praticamente tropeçando em seus degraus, o mais velho adentrou o quarto de Sam puxando seus curtos cabelos. Estava desesperado.

– Dean... Calma!

– Estamos... Fodidos, Sam! Fodidos!

– Nós não falamos quem eram.

– Exatamente! Você acha que nosso pai vai mesmo ficar quieto? O velho interior dele vai querer nos investigar a fundo nisso. – Sam deu de ombros assentindo com a cabeça. John não sabia não se intrometer nas coisas. Ele gostava de saber.

– Você tem razão.

– Aliás, como foi com Gabriel?

– Pode-se dizer que bem. Ele é meio teimoso, mas gosta de ensinar. O que você tá olhando— Dean!

Sam revirou os olhos ao ver a expressão nada inocente do irmão que sorria com deboche.

– Aham.

– Isso não vai acabar bem, eu tô dizendo pra você. E seu ômega. Você praticamente o pediu em casamento, Dean! Ainda não caiu a ficha pra você que nossas fronteiras ainda existem e que nosso pai vai proibir o relacionamento de vocês em segundos?

Dean suspirou estalando seus dedos. Era verdade o que Sam dizia, mas como ele havia prometido para Castiel, ele iria achar um jeito do amor deles dar certo. E ele vem cumprindo a promessa. Falando com o conselho, pesquisando, até mesmo dando indiretas para seu pai cada vez mais sobre o Leste.

– Eu não entendo essa divisão de mundos, Sam. Não entendo porque nosso pai e o pai de Cas e Gabe fecharam as portas um para o outro simplesmente do nada. E eu digo algo para você, vamos descobrir o que é.

(...)

– Senhor Castiel! – Uma funcionária deixou um prato cair para apoiar o rapaz que havia tido uma súbita tontura e quase caiu no chão – Você está bem?

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