Alice Kim: A Herdeira de Mystic Falls.

05. Alice.

Querido diário, comprei você hoje de manhã em uma lojinha ao lado do Grill. Stefan me disse que se eu começar a escrever, talvez minha confusão melhore. Sabe, organizar pensamentos, lembranças do dia a dia. É... Não sei se vai dar certo, mas vamos lá...
Ontem foi um dia cansativo, prefiro não escrever. Mas, quando Stefan me levou para casa com dois dedos quebrados pelo Damon, pude descansar de novo. Minha mão inteira doeu, sabia?
Por sorte, já estou curada, embora tenha levado a noite inteira para isso. Deitei várias vezes em cima do meu dedo enquanto dormia e acordei chorando, mas quando finalmente se curou, fiquei feliz da vida.
Não quero falar sobre o Damon. Vou excluir ele da minha lista de pessoas das quais devo me aproximar, assim como eu disse que faria. Damon está morto para mim.

Minha lista: Stefan, Elena, meu pai...
Só isso. Um dia eu atualizo. Um dia.

Mas enfim, estou no Grill agora. Ainda está cedo, mas decidi vir mesmo assim. Gosto de estar aqui, é legal. Vim aqui ontem com o Stefan antes dele me levar para casa. Ele comprou uma lasanha enorme para mim.
Provavelmente, Stefan e Elena saíram para caçar bem cedo. Já que Elena se tornou vampira, Stefan quer tentar fazer Elena se acostumar com sangue de animal logo de cara, pra que assim, ela não precise beber de humanos.
Eu acho isso meio brega... Quero dizer, Elena é vampira agora. Vampiros se alimentam de humanos. É como a natureza funciona. Para um leão viver, outro animal tem que morrer, porque leões são carnívoros.
Stefan me explicou que diferente das bruxas, vampiros são aberrações da natureza e não deveriam existir, mas achei irônico quando ele disse que o último feitiço que fiz antes de perder minhas memórias foi um feitiço para matar a mulher que queria a extinção dos vampiros.
Acho que Elena deveria se alimentar normalmente de humanos, mas sem machucá-los tanto. Assim como poderia se alimentar de bolsas de sangue, mas não muitas para que as pessoas doentes também possam ter um pouco, afinal, elas precisam.
Ah, uma coisa importante para me lembrar, é que aparentemente, todo o Conselho foi explodido essa manhã. Será que foi o...

- É bem estranho uma garota vir a um bar para escrever em um diário. - Minha escrita é interrompida por uma voz grossa e melódica de um rapaz que se põe ao meu lado, sorrindo para mim. Seus cabelos curtos são castanhos e seus olhos também. Ele está se vestindo bem padrão com uma camisa xadrez vermelha e mais uma camiseta branca pro baixo. Gosto do estilo dele.

- Escrever em um bar virou crime e eu não sabia? - Ironizo. - Desculpe, senhor policial, já já eu me retiro.

Ele bufa uma risada e fecha os olhos, ao mesmo tempo que abaixa a cabeça.

- Dou a você 5 minutos para sair, ou então terei que entregar você à xerife. - Ele entra na brincadeira.

- Sorte a minha que a xerife aparentemente namora o meu pai. - Digo rindo. - Eu seria liberada de um jeito ou de outro.