Na manhã seguinte, não havia nenhum sinal de ter mais ninguém na casa além de Hyuna, o que a deixara particularmente aliviada, pois tinha medo de o garoto da tarde anterior ser algum tipo de tarado que invadira seu apartamento. Mas a falta de vestígios dele a deixou despreocupada em relação a isso. Toda sua energia fora voltada para a reunião que teria com Tsunade naquela tarde, a Hokage daria a ela uma função na vila, ela mal podia se aguentar de ansiedade para saber a que seria designada, afinal aquilo seria um ótimo modo de começar a fazer amizades.
Se dirigiu até o escritório da Hokage, esperou até que ela estivesse desocupada e entrou para falar com a mesma.
- senhora Tsunade, estou aqui como pediu - disse ao entrar na sala
- olá Hyuna, como foi de viagem?? - respondeu gentilmente
- foi tudo bem, obrigada. Bom, acredito que temos assuntos a tratar... - pronunciou antes que se esvaisse de inquietação
- sim, temos. Como me pediu, deixei que viesse morar na Folha, e tenho certeza de que sabe que não ficara aqui sem nada para fazer. Então, resolvi arranjar uma ocupação para você, pensei que você gostaria de trabalhar como ninja médica, sua tia me contou sobre a sua enorme vontade de cuidar das outras pessoas e salvar vidas. Acredito que esse será o melhor lugar para colocar uma kunoiche tão abilidosa como você. O que me diz a respeito?? - pediu confirmação
- ah, senhora Tsunade, sou muito grata por tudo que está fazendo por mim. Trabalhar como ninja médica seria um sonho pra mim... - seu tom de voz era de pura ternura
- certo, então você será nomeada cirurgiã-chefe do hospital de Konoha - dera seu ultimato
- muito, muito, muito obrigada senhora Hokage, prometo que não vai se arrepender - sua gratidão não cabia dentro de si
- você começara daqui duas semanas, mandarei avisar a todos. Boa sorte, Hyuna - exclamou satisfeita
- obrigada - saiu da sala ainda mantendo a postura, mas assim que fechou a porta atrás de si, foi inevitável comemorar
Estava tão feliz que sua vida nova estava começando do melhor jeito possível, mal podia acreditar, tudo parecia um sonho, o melhor sonho que já sonhara em todos seus anos de vida. Tinha de se segurar para não sair dançando e gritando de felicidade pelas ruas. Quando chegou em casa, fora direto para cama e deitara olhando para o teto, uma sensação de satisfação a preencheu e sua felicidade transbordava em forma de lágrimas.
- você ainda está aqui?? - Hyuna foi tirada de sua paz ao ouvir aquela voz
- é só minha imaginação, eu estou imaginando coisas, não tem ninguém aqui... - disse para si mesma tentando amenizar os pensamentos que a diziam que estava ficando louca
- saia logo do meu apartamento sua invasora!! - gritou com ela, mas não houve resposta - você está me ouvindo???
- será que pode me deixar em paz??? - perguntou irritada - alucinação maldita...
- o que você disse?? - lhe soltou um olhar de reprovação
- você já encheu a minha paciência, acabou de estragar o meu dia. Você poderia ter a decência de ir embora do meu apartamento - levantou a voz para ele
- esse apartamento é meu!! Essa cama é minha!! Aquele travesseiro é meu!! Olhe embaixo dele, tem uma mancha de calda de morango nele - apontou para o mesmo
- você tem razão...como sabia disso?? - exclamou abismada ao notar que o que ele dissera era verdade
- por que esse apartamento é MEU!! Olha só aquele porta-retrato...cade meu porta-retrato?? O que fez com ele?? - ficara com raiva ao notar a falta do objeto
- eu juro que não toquei em nada... - ela nem fazia ideia do que ele estava falando
- tava bem aqui... - tentou puxar a gaveta para procurar mas sua mão transpassou pelo puxador, quando repetiu a ação o mesmo aconteceu - o que você fez com minha gaveta?? Você andou mexendo em coisas demais por aqui... - saiu andando do quarto
Hyuna apenas o observara sumir como fumaça pelos seus olhos. Voltou a pensar que talvez estivesse ficando louca.
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Two Ghosts - Neji Hyuuga
Teen FictionO destino tem formas engraçadas de juntar duas pessoas, as vezes é preciso grandes feitos para fundir duas almas solitárias, mas não há nada no mundo, nem mesmo a morte que impeça o amor de imergir para aqueles que precisam recebê-lo.