Hermione se sentia flutuando. As luzes coloridas, a música com a batida perfeita, as pessoas dançando ao seu redor e o álcool fazendo efeito em suas veias... Seria perfeito, se ela não tivesse tido a péssima ideia de chamar Lavender.
Não que ela não goste da garota, isso são águas passadas! Mione a acha um doce de pessoa, além de ser muito bonita e divertida. O problema é que ela não sabe a hora de calar a boca e, naquele momento, ela só queria ir atrás de Harry e se afogar em mais tequila, talvez topasse até um gole de whisky. Só não queria ficar em pé tagarelando sobre a faculdade quando todo o objetivo da noite era justamente não pensar sobre a faculdade.
-...E tipo, eu seei que é um estágio muito bom e tals, mas, sinceramente, meu chefe é meio excêntrico sabe? Tipo, ele mal chegou na cidade e o primeiro pedido dele foi "me leve a melhor boate da cidade"?? Que porcaria de pedido é esse? Talvez, se eu gostasse de homem, até pudesse achar legal, mas, alooou! Alerta de sapatona! -a loira gargalhou, claramente alterada, talvez mais que a própria Mione. -Aah, menina, ele tá vindo, disfarçaaa.
Enquanto Lavender surtava, Hermione olhou para atrás dela, curiosa e viu um homem alto e moreno vindo em sua direção. Diferente da maioria, sua roupa era vermelha com detalhes pretos e ela não pode deixar de reparar nos ombros largos e braços fortes, a barba negra em conjunto com a máscara o dando uma aparência ainda mais sensual. Talvez a tagarelice de Lavender não fosse tão ruim, afinal.
-Lavendar, você tem um ótimo gosto. Esse lugar é mesmo incrível. -o sotaque pesado deixa claro que ele era estrangeiro. Ele então viu Hermione e sorriu. -Sua amiga?
-Ah, sim! Viktor, essa é Hermione Granger, minha colega de turma na faculdade. Hermione, esse é meu chefe, Viktor Krum. -a loira estava claramente nervosa, mas nenhum dos dois pareceu prestar atenção. Mione se concentrava em não corar sob o olhar do homem, ainda que ele parecesse apenas curioso.
-É um prazer conhecê-lo, Sr. Krum. -ela o cumprimentou com um aceno de cabeça, mas Viktor franziu a testa e então riu, assustando as duas por um segundo.
-Por favor, me chame de Viktor. "Sr. Krum" me faz sentir como se tivesse quarenta anos. Pior! Me faz sentir como meu pai.
-...Tudo bem. -ela riu, ainda um pouco sem graça. -Viktor, então.
Ele então sorriu para Hermione de uma forma que fez o estômago da mulher se transformar em uma espécie de gelatina de borboletas e suas mãos suarem.
-Hã, a Cho está me chamando ali atrás, então eu vou nessa. Com licença e divirtam-se! -Lavender logo tratou de sair dali, não estava nem um pouco afim de ser feita de vela, principalmente quando uma das pessoas envolvidas podia decidir demiti-la no dia seguinte. Sinceramente, se ela gostasse da fruta, provavelmente estaria caindo de amores pelo homem, ela é lésbica, não cega! Felizmente, no momento tinha uma asiática linda a esperando do outro lado da boate e ela que não perderia tempo empatando a vida dos outros.
Uma música que ela adorava começou a tocar e Hermione ficou tão animada que esqueceu de Viktor por um segundo e voltou a dançar, deslizando pela batida sem se importar com mais nada. Quando deu por si, o corpo dele estava quase colado ao seu e eles sorriram um para o outro. Dançaram juntos até o final e então por mais duas músicas, até que ela já sentia o corpo suar e os pés começarem a doer. Precisava de uma pausa.
-Então, Viktor, você quer sentar e tomar alguma coisa? Meus pés estão me matando!
Ele a encarou por um segundo, ainda tinha um pouco de dificuldade com inglês as vezes e o som estava muito alto, o que atrasava a compreensão. Desistindo de tentar entender, só assentiu e a seguiu para fora da multidão. Se sentaram em uma das mesas e Viktor pediu uma cerveja, enquanto Hermione preferiu um tal de frozen de tangerina (não fazia ideia do que era aquilo, mas parecia chique o suficiente para valer o preço absurdo que pagaria por ele).
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Roda da fortuna
FanfictionNão existe nada mais chato ou deprimente do que se estar sozinho em uma sociedade onde todos têm sua alma gêmea, literalmente. Harry Potter, um estudante de direito perdido nos dilemas da própria existência, vive sob a constante pressão de quando e...