Descolando a ideia do merecedor

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Acordei, não como em muitos clichês, mas sim porque alguém fez isso se tornar real. Oh, céus…

— Bom dia, garotinha. — foi a primeira coisa que eu disse ao acordar. A voz de sono evidente, o cansaço da mente implorando para ficar onde estava. A cama me chamava mesmo presente ali, ainda. A pequena criança me olhando como se quisesse saber o que eu pensava, mesmo que eu tenha a impressão de que ela sinta o que está a ocorrer. Incrível como uma criança consegue tirar energias de informação da sua mente, um olhar e ela descobrirá todos seus segredos e pensamentos.

Ouvia, em meu segundo sentido, a realidade de um Mark e sua mãe conversando em algum local do andar de baixo, sobre algo que não estava audível o suficiente para que eu processasse as palavras como informação. O barulho cessou depois de alguns instantes, dando espaço para outro barulho. Mark batia na porta.

— Jisung? Amanheceu e nós temos algumas coisas para fazer, como tomar café. Vem, desce com ela. — falou e pareceu ir embora, já que o silêncio ganhara espaço.

Estava certo, deveria seguir meu dia como se nada tivesse acontecido. Tomar café e caminhar até a escola, voltar para… a casa do Mark novamente? É, talvez. Quando eu conseguir montar uma casa de madeira, barro ou papelão…Quem sabe?

Isso claramente se chama drama, não posso estar tão ferrado assim em tão pouco tempo, ou apenas eu nunca deveria falar nunca.

Desci com uma criança que ao meu lado que parecia mais filha do Pororo, não que a pequena seja desprovida de beleza é tenha uma cara toda desproporcional, muito pelo contrário, ela é muito bonita e proporcional? — provavelmente se o professor me pedisse para fazer uma redação não iria sair nada boa. — Mas ao meu lado ela se torna bem pequena. Enquanto meus pensamentos rondavam, provavelmente a família Lee tomara seu café se perguntando o porque de Park Jisung, o menino problemático, demorar tanto para fazer qualquer coisa.

— Bom dia, garotinho e… pequenina. Não tinha visto ela ontem, acredita? Como passou despercebida por mim, que coisa mais linda! Você não acha, Mark? Mas é da sua família, Jisung? Prima? Oh, irmã?! Eu não sabia que você- — antes que pudesse completar qualquer coisa, Mark a parou como se estivesse preparando a garganta para falar algo.

— Mãe, eu  e o Jisung… — gesticulou com as mãos perto do quadril, tentando disfarçar, coisa que não deu certo, foi claramente perceptível. Mas teve efeito de informação para a senhora Lee, que logo colocou um sorriso no rosto e colocou a criança no colo a levando para comer enquanto Mark me puxava para a sala. — Sei que você quer comer, tomar um bom café da manhã depois disso tudo que ocorreu, porém, — deu um momento para jogar o aviso. — sua mãe veio aqui cedinho falando que estava tudo bem e que você já pode voltar para casa. — abriu aspas para a fala de minha progenitora. — Então?

— O quê? Eu devo falar o quanto ela se acha certa mesmo estando errada? É sempre a mesma porcaria, é birra de jovem mesmo. — sentei no sofá e encostei minha cabeça com uma certa força.

— De qualquer forma, isso se ajeitou, não exatamente, eu conheço a sua mãe, não tanto como você, mas conheço, e sei que se você tentar qualquer coisa ela vai fazer aquele drama todo porque ela é mais infantil que a Jessy, e-

— Jessy quem? — levantei o olhar diretamente para o Lee.

— A garotinha, sabe? É um nome muito bom, eu sei. Moderno, tem uma boa pronúncia e é bonito. — falou empolgado.

— Olha, você não tem o direito de colocar o nome nela primeiro que eu, okay? Eu que vou escolher o nome dela, com certeza eu. — retruquei enquanto Mark me fitava com uma cara de desgosto.

— Ah, não, sua mãe é tão infantil como você, isso, você! Em verdade, em geral, a gente nem sabe o que fazer com a garotinha, ela vai ter que ir para algum lugar, está sendo ilegal cuidar dela aqui.

My Sweet Labyrinth - HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora