Terminante

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— Nem um passo à frente.

Uma interrogação se formava sob minha cabeça. Nem um passo à frente o quê? O que tinha sobre eu andar um pouco mais para frente?

— Oi?

Ele sorriu e me empurrou levemente para trás, levando consigo um sorriso arteiro.

— Ei! O que foi?

— Nada. — riu em seguida e desceu até os andares de baixo.

Eu formei uma certeza que o sorriso sapeca do mais velho provinha de alguma situação formada na cabeça dele. Porém, o que ele poderia pensar de mim em uma situação como aquela? É engraçado demais contemplar tamanha beleza sob pequenos flashs de luz? Droga, Jisung.

[...]

— Jisung, querido. Dormiu bem? Vi que os dois ficaram até mais tarde ontem. — a dona da casa começou simpática como sempre e terminou com um olhar curioso sobre o esverdeado e eu.

— Sim, senhora. Eu dormi muito bem, demorar mais um pouco a dormir não atrapalha meu desenvolvimento noturno. Aliás, agradeço pelo tempo aqui. — soltei um sorriso pequeno, mas sincero. Imagina não ter amigos em situação dessas.

— Vou aceitar seus agradecimentos se comeres desse café da manhã que está ótimo para estudantes como vocês, porém nada de atrasos, hein? — ela segurou no meu ombro amigavelmente e saiu da cozinha até lá fora.

— Bom dia. Onde está a garota? — perguntei quando sentei de frente do Zhong.

— Meu pai foi resolver as coisas com ela. Até o meio do dia a gente acha notícias sobre ela, como foi a situação e como vai ficar. — o esverdeado falou preenchendo sua bolacha com geleia.

— Certo.

A conversa da manhã acabou por ali. Digamos que a conversa um pouco antes de dormir tenha feito um impacto gelado em como a gente pode se comunicar agora. Eu estava curioso sobre o que ele queria dizer e em consequência desconfiado com o que poderia ser e para isso, nada melhor do que pensamentos negativos para reforçar a insegurança, entretanto, isso acabaria logo. O que não se recordas, não se pensa.

[…]

Sucedi-me até a "minha" casa, pois pensava sempre se eu realmente tinha alguma coisa e se ultimamente ela está sendo minha. Tanto tempo andando de lá para cá, parecendo uma criança perdida, mal sei o que fazer e como agir, porém seguindo como se minha vida fosse o vento, apenas existe e sopra, sem muito segredo — por favor, não digam isso à física e à química.

Bati uma vez, novamente bati. Abriu-se.

— Entra.

Era meu pai.

Ele chegou para mim em um conceito preocupado, estressado e ao mesmo tempo neutro. Talvez eu pudesse sentir mais do que sua indiferença por motivos que não sei.

— Não precisava disso, sabia? Era só tudo ter sido mais explicativo. — ele preferiu colocando a mão na cintura e olhando para mim de forma direta.

— Certo, diga isso a mãe da próxima vez. Às vezes eu só não consigo lidar com tantos ataques.

— Park, sua mãe-

— Minha mãe é ignorante e acha que pode simplesmente sair jogando palavras para mim como se isso fosse passável, porém não é.

— Tenha mais paciência.

— Eu tenho toda paciência, eu apenas não gosto de ser rebaixado e receber palavras tão ordinárias quanto essas que ela fala todo dia. — eu apenas segui, subindo. Eu não poderia me desgastar o suficiente durante uma manhã e por esse motivo eu escolhia ir para o colégio. Eu realmente gosto de me desgastar, mas não em casa. O colégio parece um local mais merecedor.

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⏰ Última atualização: Jul 23, 2020 ⏰

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My Sweet Labyrinth - HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora