Fecha e corra

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— Bom dia para você também, senhora Park. — respondi com ironia, apesar do súbito anterior.

Minha mãe chega em um momento um pouco inadequado, o momento que eu estou com uma criança em mãos empurrando o Mark para uma porta — ou melhor, para a cara da minha mãe.

— Bom dia?! Você acha que eu vou ter um bom dia com esse seu… — gritou e eu franzi a sobrancelha em questão enquanto ela procurava uma palavra olhando para o Mark — seu coleguinha me incomodando?! E o que significa essa criança em seu braço?! Park Jisung, eu… okay, não esperava menos de você, já nasceu me trazendo problemas e-

— Chega! Se for pra me insultar e insultar o Mark eu vou embora. Você nem me deixa explicar nada, só pede explicação quando é desnecessário, você nem liga pra nada que eu faço, por que se importa agora? Por que vai manchar seu nome? — joguei de uma vez, mesmo que fosse só o mínimo do que eu realmente queria mostrar.

Havia muitas coisas que eu queria falar e reclamar da família Park. Primeiro seria de sua falta de noção, não é a primeira vez que ela começa um discurso de como eu sou ser um péssimo filho na frente de alguém, não é a primeira vez que ela tenta ofender alguém que eu gosto. Segundo seria sua falsidade e hipocrisia. Amigos da família Park são os seres mais enganados de toda Terra, a família Park para eles seria como uma linda família de união, riquezas — em principal, materiais — e felicidade. Mas essa era a versão que os amigos deles recebiam, distorcia qualquer verdade descrevida nessa casa.

Depois de receber aquela mensagem a senhora Park aponta para a porta. — Vá. Eu não vou gastar minha voz com você.

Mark a olhou com uma expressão de indignação e raiva enquanto dava um passo à frente, ficando cara a cara com a mais velha. — Está mesmo expulsando seu filho de 16 anos de idade por uma cena qual você nem procurou saber se é realmente o que pensa? Que tipo de mãe é você? És louca?

— Não só ele como você e essa estrutura de humano. Eu não quero nenhuma explicação vinda de nenhum de vocês! É por isso que o Jisung nunca andou para a frente, anda com pessoas como você a pior, não é? — era perceptível sua falsa melancolia brotando como uma planta venenosa, vinha junto com suas lágrimas de crocodilo, um bônus. — Eu sempre me esforcei para criar você bem, Park Jisung.

Ri levemente misturando meu sarcasmo com minha indignação. — Fazes esse papel todo como uma bruxa em filme de contos de fadas? Oh, que bonitinha você chorando, não é mesmo? Por que você faz isso? Para me colocar para baixo? Que idiota! Eu cansei daqui e de todos vocês! — novamente o Mark estava sendo puxado por mim, em apenas um dia, pela terceira vez. A criança apenas olhava para tudo em olhar perdido, procurando o real motivo de tudo aquilo,

— O que você vai fazer? — após eu fechar a porta com força, Mark me indagou. — Está chovendo, a criança ainda não comeu, por algumas palavras e atitudes inocentes estás ferrado, Jisung. Ainda há o-

— Você me deixa ir para a sua casa? — o interrompi falando em um sussurro. — Depois eu vou organizar essa bagunça que ficou minha vida.

— Oh… claro. Vamos logo, antes que a gente pegue um resfriado. — ele riu sem graça passando devagar na minha frente.

Talvez eu me sentisse culpado por trazer trabalho ao Mark; por não ter ajudado a criança devidamente mesmo que ainda; por ter falado aquelas coisas a minha mãe mesmo que ela merecesse; por não ter pensado em como ficariam as coisas em questão de minutos. Novamente, droga, Park Jisung.

— Você acha que tudo pode voltar ao normal daqui a alguns dias? Tipo, ser só uma passagem? — me pronunciei depois de um tempo caminhando, tempo suficiente que nos fez chegar à porta do Mark.

My Sweet Labyrinth - HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora