Bryan estava demorando a voltar e logo me vieram pensamentos ruins. Não podia ir atrás dele porque havia prometido que ficaria ali. E também tinha Brenda. Não poderia deixá-la sozinha e desprotegida.
Então, a porta de entrada foi aberta abruptamente, me assustando e o vi entrar às pressas com a maleta de remédios em mãos enquanto o fuzil estava pendurado em seu ombro, virado para suas costas. Bryan ajoelhou-se em minha frente e desamarrou minha perna com cuidado.
Senti falta da pressão que a gaze fez em minha coxa durante todo esse tempo. Não tê-la ali me apertando, tornou-se algo estranho e fiquei com a sensação de que faltava algo. Ele limpou o meu ferimento com cuidado, removendo o sangue seco com álcool etílico e jogando água oxigenada para corroer inflamações. Eu estava tensa e prendi a respiração enquanto o olhava mexendo naquilo. Depois de limpa, pude ver que ele havia dado pontos em minha ferida quando estava desacordada. Deveriam ter, provavelmente, uns vinte pontos ou mais.
Enquanto terminava de trocar os curativos, fiquei pensando no que teria acontecido se não estivesse com a perna assim, mas logo espantei tais pensamentos para longe e enrijeci o corpo automaticamente quando tocou mais acima da minha coxa, afastando-a logo em seguida. Ele havia terminado de fazer os curativos e ergueu o olhar para mim enquanto limpava as mãos.
Percebi que sua feição havia mudado, olhando-me de forma penetrante e maliciosa, então, repousou sua mão sobre minha outra coxa, dessa vez, um pouco mais acima e se esgueirou para mais perto de mim, tocando sutilmente meu joelho da perna machucada e o empurrando para o lado, sinalizando para que lhe espaço para ficar no centro e continuou subindo. Devagar. Deslizando as pontas dos dedos para cima e fazendo-me arfar intensamente, cerrando os olhos ao senti-lo tocar minha intimidade. Bryan, então, acariciou-a de baixo para cima e começou a fazer, lentamente, movimentos circulares. Em seguida, abriu mais minhas pernas e ficou entre elas, levantado minha blusa com a outra mão e me fazendo arrepiar por inteiro ao beijar minha barriga. No intuito de me controlar, agarrei o braço do sofá e mordi com certa força meu lábio inferior, apreciando o momento ainda de olhos fechados.
Então, senti um dedo seu penetrar em mim e arfei de desejo. Começou a fazer movimentos para dentro e para fora, deixando-me, cada vez, mais molhada. Coloquei a mão em sua nuca e o puxei para mim, selando nossos lábios em um beijo ardente e cheio de desejo. Não sabia se estava apaixonada ou se era apenas desejo, atração e carência, apenas sabia o que queria naquele instante. E eu o queria. Por inteiro. Meu interior gritava por isso. Minha perna machucada estava reta para o chão, estendida; já a outra, dobrada, com o pé sobre o sofá.
Bryan deslizou sua mão para baixo de mim, apalpando minha nádega enquanto a outra ainda me massageava deliciosamente e interrompeu nosso beijo, ofegando e me olhando profundamente enquanto se esgueirava para baixo como um felino prestes a dar o bote em sua presa. Pude sentir o seu poder de sedução e o que pretendia fazer apenas pelo seu olhar e confesso que isso foi de arrepiar. Nunca o havia visto daquela maneira: com sede, com fogo e tomado pelo desejo. Aquele parecia ser outro Bryan, o qual eu estava tendo o imenso prazer de conhecer.
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INFESTAÇÃO: O princípio (Vol. 1)
Science Fiction🏆 História vencedora do The Wattys 2021 em Horror🏆 (Em revisão) ________________________________ Evelyn era apenas uma jovem universitária quando viu, através da janela de seu apartamento, três pessoas caídas na rua com ferim...