XIV - Um por todos...

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Após alguns minutos fugindo dos zumbis, finalmente alcançamos a porta de saída

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Após alguns minutos fugindo dos zumbis, finalmente alcançamos a porta de saída. Bryan tentou abri-la, mas não teve êxito. Stevão juntou-se a ele na tentativa e nada. Nem um estalo sequer. Olhei-os com desespero e coloquei os fios de cabelo, que estavam colados em meu rosto suado, para trás.

- E agora? - Indaguei com a voz irregular.

Tentei pensar em alguma solução, mas nada vinha à mente e não havia nenhum instrumento ao redor que pudesse ajudar a abrir aquela maldita porta. Podíamos ouvir os transformados correndo desajeitados em nossa direção, e se não encontrássemos um jeito de sair daquele túnel, iríamos morrer devorados.

- Me dê a mochila! - Pediu Bryan a Stevão, e ele o fez.

Revirou-a com pressa e praguejou por não encontrar o que estava procurando. Entretanto, segundos depois, tirou a mão de dentro da mochila e nela estavam duas granadas. Sr Broe e eu ficamos espantados e surpresos com aquilo e o olhamos confusos.

- Desde quando isso está aí? - O questionei, encarando as duas bombas em sua mão. Aos olhares, nem parecia que aquelas coisas pequenas e fofas eram capazes de fazer um estrago.

- Peguei lá na sala de utensílios. - Retrucou.

- E que utensílio, hein! - Observou Stevão, erguendo as sobrancelhas ao olhar para elas.

- Bryan, o que está pretendendo fazer? - O perguntei, olhando-o de esgueira e de forma repreenssiva. Por mais que não tenha saído uma palavra sequer de sua boca, sabia exatamente o que ele pretendia fazer. E isso poderia ser muito, muito ruim. - Bryan... não faz isso.

- Não temos tempo! - Exclamou com certo receio na voz e olhou para além de mim. Estavam chegando e nos alcançariam em instantes. - Se afastem! - Disse Bryan, entregando a mochila para mim e empurrando-me para trás, onde era caminho para outro túnel.

- Vai tentar explodi-los, cara? Isso é loucura! - Berrou Stevão, afastando-se também.

- Consegue lutar contra todas aquelas coisas sem ser mordido por nenhuma delas? - Retrucou ele, indagando em tom áspero e o encarou, esperando pela resposta que sabia que não receberia. - Foi o que pensei... Agora se afastem!

Bryan olhou para a frente e piscou duas vezes. Pressionou os lábios e franziu o cenho, parecia estar se concentrando no que iria fazer. Eu, sinceramente, não conseguia achar uma solução e tudo o que sentia vontade de fazer era puxá-lo pelo braço para sairmos correndo dali. Ele colocou uma granada no bolso da calça e segurou a outra com firmeza, erguendo-a e puxando o pino em seguida.

Naquele momento, senti um aperto imenso no peito, seguido por ondas de choque. A granada estava em sua mão há 2 segundos e ainda não a havia jogado longe. Bryan não podia fazer uma loucura dessas. Morreria se fizesse. Tentei gritar algo, mas me falhou a voz. E quando me dei conta, ele já estava lançando a granada em direção aos zumbis.

INFESTAÇÃO: O princípio (Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora