III/ II

1.1K 80 50
                                    

Oi amores!
Saudades né minha filha?
Olha, tenho que admitir que estou meio desanimada. Mas segue aí um bônus pra vocês.
Xoxo.

BRUNNA GONÇALVES

Um turbilhão de sentimentos e sensações se apoderavam do meu ser naquele momento.
Ter os lábios da Ludmilla sobre os meus despertou coisas em mim até então desconhecidas. Havia uma química, um encaixe indescritível. Era como se estivesse reconhecendo algo em mim que não sabia de fato que poderia existir. E nem é claro que necessitava tanto assim. Me sentia bem estando em seus braços. Por mais quente e sensual que fosse nosso beijo, eu sentia naquele momento uma familiaridade e sensação de lar. Conforto. Carinho. Até mesmo amor.. Meu coração se aquecia com as carícias feitas por ela. Suas mãos ora eram delicadas, ora brutas. Elas tocavam meus cabelos, ombros, costas, nádegas de maneira precisa, algumas vezes até bruta, mas ainda sim, havia certo carinho por detrás daquilo.

Quanto mais eu a beija, mais eu desejava seu sabor em minha boca. Ela era como uma droga. Ela era como uma nicotina, e eu uma fumante viciada. 
Suas mãos percorriam meu corpo de maneira possessiva. Intensa. Única.
Já conhecia essa sensação de ter suas mãos sobre mim, mas agora tudo parecia ter se amplificado ainda mais. Não parecia ser apenas algo carnal. Haviam sentimentos. Havia algo a mais entre nós duas. Algo que não permitia meu afastamento. Nem a interrupção dessa loucura.
Loucura, está era a palavra ideal para descrever o que estava acontecendo. Eu devia estar louca por me render tão facilmente a mulher que havia destruído minha perspectiva de futuro.

Nossas bocas não se desgrudavam nem por um segundo. Nem mesmo quando o ar era necessário. Diminuímos o ritmo do beijo mas sem nos afastarmos.
Meu coração batia freneticamente. Meu pulso era desregulado assim como minha respiração. No meu estômago, milhares de borboletas bailavam felizes me causando a sensação de refluxo.  O álcool misturado ao tesão que sentia naquele momento, deixavam meu corpo mole. Por sorte ela me segurava de modo firme ou já teria desfalecido a muito tempo. Minhas pernas eram flácidas como gelatina. Podia sentir minha calcinha molhada por baixo do meu vestido de noiva.

Noiva!
Meu Deus eu havia acabado de me casar e já traíra minha esposa.
Sabia que deveria resistir. Sair correndo dali. Afastá-la ou até mesmo estapeá-la por me agarrar. Mas não poderia culpá-la. Talvez em meu íntimo desejasse aquilo tanto quanto ela.
Seu cheiro inebriante já havia grudado em minha pele, assim como o sabor de seus lábios grudará em minha mente. A brisa fria da noite que a ameaçava cair, causavam arrepios em minha pele. No entanto sabia que aquilo não era unicamente pela temperatura. Era o desejo, a excitação. O tesão. Estes sim eram os verdadeiro culpados por aquilo.

Graças ao decote traseiro do vestido que ela usava, permitia que eu tocasse sua pele e sentisse as reações que aquele beijo causava em seu corpo. Raspava minhas unhas por cada centímetro que conseguia alcançar. Queria marcá-la da mesma forma com ela havia me marcado. Mas as minhas não eram apenas marcas externas. Era algo interno.
Ela havia marcado minha'lma.
Seus lábios famintos desceram por minha garganta em direção ao meu colo exposto pelo decote do vestido. Agarrava seus cabelos afim de extravasar um pouco do que acontecia dentro de mim.
Ela maltratava minha pele com mordidas, chupadas e lambidas. Provavelmente o local já devia estar em estado de vermelhidão.

Repentinamente fomos surpreendidas por uma chuva intensa que acabará caindo.
Como se tivesse sido acordada de um transe, me afastei dela a empurrando firmemente. Nos encarávamos ainda sem fôlego. Seu peito subia e descia rapidamente. Pude ver a surpresa e espanto em seus olhos com meu afastamento repentino.
Aspirava fundo tentando controlar minha respiração. Ela ameaçou se aproximar novamente, fazendo com que eu desse um passo para trás me afastando.
Estávamos encharcadas agora que a chuva caía ainda mais intensa. Seus cabelos que anteriormente estavam perfeitamente lisos, agora eram longos cachos que caíam como cascatas sobre seus ombros.
Lágrimas grossas ameaçavam transbordar de meus olhos e foi preciso respirar fundo para não deixá-las virem a tona.

SEXDIVÃ - BRUMILLAOnde histórias criam vida. Descubra agora