𝓢𝓸𝓶𝓫𝓻𝓪𝓼

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As sombras não me deixarão em paz até que eu me deite.
Elas não me largarão,a menos que eu durma.
Mas meus olhos me queimam e já tentei até abri-los com estiletes.

As sombras vagam pelo quarto,batendo nas paredes,guiando-se a mim
Eu me debruço aos lençóis e aguardo o meu fim.
O sufoco invadi a mente.
Acompanha o grito estridente.
E assim me confino,caindo no sono.

Mas as sombras retornam,na calada da noite.
Querendo arrancar minha alma e levá-la ao açoite.
Corro e me escondo,mas a porta não vai aguentar.
Eu fecho os olhos e elas ainda estão lá.

Sombras que voam.
Que sopram e que caem.
Leva e limpa a dor que me desfaz.
Tira a cor dos meus olhos castanhos.
Faça me pensar que não somos estranhos.

Sombras que me pertubam na madrugada.
Por que sempre tão caladas?
Me falem e me ouçam,respondam-me por favor.
Seriam capazes de livrar-me da dor?

Sombra singelas.
Nada amigas.
Me matam.
Me livram.

Sombras que nem sei se existem.
Acho que minhas sombras acabam sendo "eu".
Mas no que isso consiste.

.Sofia Cardoso.
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As sombras nos fazem dormir,mas não significa que iremos acordar.



/𝐏𝐨𝐞𝐦𝐬 & 𝐏𝐨𝐞𝐭𝐫𝐲\Onde histórias criam vida. Descubra agora