Capítulo 16

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Olá, meus queridos leitores. Devem ter percebido que diminui o fluxo de capítulos... estou aguardando mais vizualizações e comentários antes de sair postando tudo de uma vez 😂! Como sempre enfatizo aqui, preciso desse Feedback. Sei que a maioria só leem livros concluídos, mas necessito de minhas fieis leitoras para me dizer se estou no caminho certo. É por isso que hoje esse capítulo é em homenagem a @biaSarelly obrigada por todo apoio. 💜 💜

Scarlett

- Case-se comigo! - ele diz sério e eu espero alguns segundos antes de dar um tipo de crise de risos

- Como é que é? - pergunto ainda rindo, limpando uma lágrima desce pelo meu rosto. - Você realmente tem senso de humor, Portman. - digo tentando me controlar, mas me calo assim que vejo os rostos impassíveis na sala - Isso é algum tipo de brincadeira, não é?! - questiono - Porque definitivamente, você não pode estar falando sério! - aponto em sua direção falando o óbvio.

- Preciso que se sente. - sua voz sai calma como nunca tinha ouvido antes e faço o que me pede. - Sei que irá parecer ilógico, mas acredite, essa não foi uma ideia minha, eu também achei uma loucura no início...

- Como assim "achou"? - pergunto atônita

- Senhorita Miller, há muito mais que um simples casamento envolvido aqui. - o seu assessor ou sócio se pronuncia - Me chamo Lorenzo Donavan. É um prazer conhecê-la oficialmente. - fala e aperto sua mão em um tipo de cumprimento.

- Eles estão certos e a ideia foi minha. - Julie se manifesta ficando ao lado de Portman. - Senhorita Miller, sei que deve estar assustada e sem entender muita coisa, mas lhe pedimos alguns minutos para explicar o que está acontecendo. - diz e eu apenas balanço a cabeça em afirmação para que continue. - Como sabe, estamos em busca da presidência dos Estados Unidos. Henry é o candidato mais jovem da história desse país, e o único que nunca possuiu um cargo político antes das eleições presidenciais. - ela dispara - Apesar de termos bons índices de aprovação, sua idade e falta de experiência estão nos causando problemas nos debates. Porém, o que nos causa maior preocupação são as pesquisas referentes a ele não possuir uma família. - diz e franzo o cenho

- É aí que você entra - Portman fala - Para que meus companheiros de companha não usem o fato de eu ainda não ter constituído família em meu desfavor. A mídia e os eleitores precisam de uma história de amor no meio da eleição. - fala de maneira prudente

- E porque exatamente vocês acham que eu seria a pessoa ideal pra isso? - pergunto - E principalmente, porque acham que EU aceitaria esse tipo de acordo? - questiono completamente perdida e um pouco ofendida

- Porque você se importa! - Julie diz - Foi você que me falou que o mundo político precisa de mais mulheres. Que seria um lugar melhor, se o controlássemos, porque somos a melhor escolha. - ela fala com paixão e me recordo da nossa conversa em minha sala

-Pesquisamos sobre sua vida, Senhorita Miller. - Lorenzo relata - É uma pessoa que sempre fez parte de causas sociais de maneira anônima. Estudou nos melhores colégios, teve a melhor educação e acesso a tudo, e sempre fez questão de fazer o possível por quem não teve esse privilégio. - ele completa

- O que eles estão tentando te dizer, Scarlett - Henry fala - É que é a única que pode nos salvar. Em quem realmente podemos confiar - diz e respira fundo. Abre uma gaveta e retira dela um grande envelope, o colocando em minha frente - Não é só sobre mim, é sobre um país inteiro. Não sou nenhum santo, mas com certeza não sou um mau caráter. Dentro desse envelope tem tudo que sabemos sobre os outros candidatos, com provas! - ele me encara, e posso sentir sua alma ficar completamente transparente - É uma escolha sua, e merece tempo para pensar. Aguardarei um retorno. - diz levantando-se e faço mesmo. Viro-me indo em direção a porta, completamente confusa... - Miller!! - ouço me chama e o olho - Eu confio em você! - afirma me encarando e saio dali sem saber o que fazer...

Os dias se passam de forma lenta. O clima de Washington está tão frio e gélido quanto o meu humor. Minha cabeça anda tão confusão após tudo que aconteceu aquela noite... Sento em frente à minha mesa. São onze horas da noite e ainda estou no meu escritório. O vinho desce gelado por minha garganta enquanto olho para os papéis a minha frente e respiro fundo, encostando todo o meu corpo na poltrona confortável. Ele definitivamente não sabe o quão isso me afeta... penso ao deixar as lágrimas rolarem por meu rosto. Meu corpo treme ao olhar aquelas fotos sobre minha mesa e pensar que eu poderia estar em alguma delas. Sinto todo o odio que tenho se acumular em meu corpo, como se o mesmo pudesse entrar em combustão a qualquer momento.

- Deus... me ajude! - apelo para minha fé. A única que conseguiu me tirar do buraco quando precisei. Respiro fundo e pego o dociê a minha frente. Releio o mesmo quantas vezes acho necessário. Em uma tentativa inútil de colocar na minha cabeça que eu não faço parte desse mundo. Não sou politica e não quero ser!!! A taça de vinho em mão me faz perceber o quão estou tremendo e a estraçalho na parede

- PORQUE ISSO AINDA MEXE TANTO COMIGO? - grito enfurecida. Tento me controlar. Organizo a papelada a minha frente novamente. Foi assim que descobrir como mascarar os meus traumas... eu precisava incessantemente estar no controle. Se eu soubesse que tudo dependeria apenas de mim mesma, a sensação de incapacidade sairia da minha mente... anos se passaram. Eu superei isso. Fui forte e busquei ajuda. Tive fé. Mas agora, tão perto da pessoa que me fez tão mal... eu não se realmente poderia lidar com toda a situação. No entanto, quem eu seria se realmente, podendo fazer algo de impedir esse infeliz de ter ainda mais poder, não fizesse nada? Talvez, não denunciá-los tenha sido minha maior penitencia desde aquela noite... Respiro fundo e viro a garrafa de vinho na boca. Eu não sou mais aquela menina inocente... eu posso fazer o que quiser, e nenhum homem nesta terra será capaz de me impedir...

Pego minha bolsa e vou em direção a saída, Phill me esperar e tomamos as ruas de Washington. Não demora muito para que eu esteja em frente à mansão Portman.

- Senhorita Miller? - um homem me chama e o reconheço como chefe de segurança - Sou Bruce, boa noite. Irei levá-la até o Senhor Portman. - diz me mostrando o caminho

- Obrigada - sussurro e lhe dou um sorriso de lado. Ele não faz perguntas, apenas me guia para a sala de estar

- Ele já vai descer. - avisa antes de se retirar.

A Primeira Dama (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora