Capítulo 39

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                                         Henry

Abro os olhos assim que sinto o flash de luz atravessar as grandes portas de vidro do apartamento. Sinto o leve peso que tem sobre mim e a observo. Seus cabelos brilham ainda mais sob que a luz que adentra o quarto. A mexa costumeiramente rebelde cai sobre seu rosto delicado. O nariz empinado diz muito da sua personalidade, fazendo um contraste perfeito com a boca carnuda que é tentadora. Meu olha tange em direção ao Seu corpo. Seu braço esquerdo, assim como a perna, descansam sobre mim de forma relaxada. Sua pele tem um brilho especial que me encanta. Cada centímetro dela, faz meu corpo entrar em combustão. Não sei como me sinto a respeito, nunca olhei alguém assim. Mas convenhamos, ninguém nesse mundo pode ser comparado a Scarlett Miller. Sinto meu celular vibrar e me estico para pegá-lo.

"Senhor, estou com o alvo na mira.
Permissão?
                                                  - Turner"

"Permissão concedida. Estou chegando
- H.P"

Levanto-me com calma. Tomo um banho rápido que quando saio, ela ainda encontra-se dormindo como um anjo. Quem a vê assim, nem sonha que tem a personalidade do diabo! Sorrio com o pensamento antes de sair. Bruce já me espera no carro e andamos pelas ruas de Washington em silêncio. Cerca de uma hora depois, paramos em frente a um galpão abandonado. Meus seguranças estão por todo canto. Assim que a porta é aberta para mim, vejo a criatura jogada no meio do lugar. Suas mãos estão amarradas e seus olhos vendados.

- Bom dia, Senhor. - Turner se aproxima me cumprimentando e apenas balanço em um aceno

- QUEM ESTÁ AÍ- ele grita - O QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO? - continua e me aproximo com calma. Alguns seguranças estão ao redor observando. - Você não sabe com quem esta mexendo - ele gargalha nervoso - Quando o meu pai descobrir, seja você quem for, estará morto! - afirma. Tiro o terno, arregaçando as mangas e pego uma faca pequena e pontiaguda e começo a afiá-la. - Olha cara, não precisa disso, podemos resolver qualquer coisa, é só me dizer o preço - fala completamente nervoso. Ouço a porta se abrir novamente e Lorenzo entra por ela. Coloco o dedo na boca em sinal de silêncio e ele apenas se colocando ao lado de Bruce. Pego a faca e deslizo a ponta em seu pescoço - Eu já disse, Por favor! Fale seu preço e irei pagá-lo! - implora e sinto o ódio subir por meu corpo

- Não arrisque o seu dinheiro naquilo que nunca terá condições de pagar. - minha voz soa rouca ao citar exatamente a frase que ela me disse em nosso primeiro encontro.

- Eu posso pagar qualquer coisa no mundo - ele afirma com um sorriso debochado e enfio a faca em sua coxa - DESGRAÇAAADOOO - grita de dor

- Acha que pode pagar por qualquer coisa, garoto? - questiono - Acha que seu dinheiro sujo poderá te livrar de mim? - sorrio irônico

- Quem é você? - ele pergunta enfio a faca fundo em sua coxa esquerda e a giro com calma - PAAAARAAA, POR FAVOR PARA!!! - ele grita

- Você sabe o que fez, e merece ser punido por isso... - murmuro

- Eu não fiz nada, por favor... - ele chora como uma criança... não passa de uma criatura mal criada.

- Tem certeza? - pergunto enquanto vou até a mesa e coloco um socador na mão. Lorenzo me olha e nem um por um segundo, sinto reprovação nele. Volto minha atenção para o que importa. Me aproximo dele e me abaixo o suficiente para chegar perto do seu ouvido - Eu vou te fazer lembrar - sussurro e soco seu rosto 3 vezes seguidas. Ele geme de dor no chão enquanto sua boca sangra - Coloquem ele na cadeira e joguem água - ordeno e dois seguranças fazem o que eu pedi - Vamos lá garoto, sua memória está mais fresca agora? - pergunto dando dois tapas em seu rosto para acordá-lo

- Eu já disse que não sei, caralho! - responde e soco seu rosto de novo. Pego um saco plástico e vou em sua direção

- Talvez isso te faça lembrar - coloco o saco em sua cabeça e o fecho, impossibilitando o mesmo de respirar. O imbecil se bate sem parar e retiro quando acho suficiente - E agora, se recorda? - pergunto enquanto limpo meu suor e vejo o sangue escorrer por seus rosto

- Eu fiz tantas coisas, por favor, eu não sei... - ele respira com dificuldade enquanto o sangue continua a escorrer por sua boca. Pego um martelo e acerto joelho, ouvindo o mesmo se quebrar. Ele urra de dor e Tiro sua venda e observo a enorme surpresa em seus olhos - Portman... - murmura e vejo o medo em sua feição - Aquela desgraçada... - antes que ele possa terminar começo a soca-lo com ódio.

- NÃO OUSE FALAR DELA! - grito sem para de bater

- Ele vai desmaiar - é a primeira vez que a voz de Lorenzo ecoa pelo lugar e eu paro tentando me controlar. Faço o sinal para que os seguranças o acorde novamente. Pego novamente a faca e a giro no dedo

- Sabe, Josh... quando ela me contou o que realmente havia acontecido, eu pensei em mil maneiras diferentes de matá-lo - digo com calma - Afogado era algo que eu gostaria de ver. Queimado também me soava taaaao interessante - digo apreciando cada uma das minhas palavras

- Você não teria coragem - ele fala com a voz entrecortada e sorrio

- Eu sou uma pessoa bem humorada, isso é verdade. Mas um velho amigo me ensinou a fazer coisas que machucam... - digo me aproximando dele e enfiando a faca em suas costas, descendo lentamente enquanto o mesmo grita - Ele me disse que seria necessário caso uma pessoa que eu amasse muito fosse machucada. E ele estava certo. - concluo ao rasgá-lo de maneira superficial de uma ponta à outra. Viro-me e pego em seu pescoço, fazendo com que olhe em meus olhos - Você a invadiu, a machucou e ainda assim, ela se tornou a mulher mais poderosa do mundo. E você, Josh, o que você ganhou? - pergunto e vejo apenas as lágrimas rolarem por seu rosto. Pego a faca e enfio em sua mão - Você a tocou com elas, então acho que não precisa dela novamente.

- NÃO - grita e giro a faca fazendo estrago o suficiente para que o membro fique inutilizado. Ele se joga no chão gritando de dor. Vou até um tanque com água e me lavo de maneira superficial. Pego meu terno com Bruce e o visto - Cuidem para que ele não tenha mais como sentir prazer nessa vida - digo para Turner que apenas balança a cabeça em afirmação. - Vamos Lorenzo, termos um posse presidencial para fazer... - digo ao colocar meus óculos e sair do lugar

A Primeira Dama (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora