A Primeira Dama (CONCLUÍDO)

Capítulo 25

                                      Scarlett

O dia seguinte não se fala em outra coisa além da minha apresentação repentina. O meu nome e fotos estão expostos em todos os jornais e sites de fofocas do mundo. Para minha sorte, tive a brilhante ideia de ir para o apartamento de Candice antes que lotassem à frente do condomínio onde moro. Olho para toda a papelada em minha frente e respiro fundo ao perceber que houve algo positivo desse "isolamento forçado" do escritório. As obras do orfanato estão acabando e me sinto orgulhosa ao ver como está ficando tudo.

- As crianças vão chegar daqui a uma hora, e assim como o planejado, a mídia só fala de um possível casamento, ninguém estará atento a isso. - Candy me fala de sorriso aberto e jogo as mãos para cima em um tipo de comemoração.

- Phill já está aí? Eu quero chegar lá logo!! - digo sentindo o frio da ansiedade percorrer meu corpo.

- Sim, está tudo pronto. - afirma batendo palminhas. Pego minha bolsa e saímos pela área de serviço do seu apartamento, meu motorista nos espera na garagem e ganhamos as ruas de Washington sem chamar atenção. Cerca de 50 minutos depois paramos em frente à construção. Assim que desço do carro tiro o óculos e vejo como a mansão velha se tornou em uma enorme construção aconchegante. Participei de cada detalhe da reforma e não queria nada menos que perfeição - Parece que já tem uma turminha nos esperando... - Candy sussurra e vejo no jardim três fileiras de pequenos humanos muito bem arrumados e alinhados. Sigo em sua direção ansiosa e me agacho na frente da pequena multidão

- Bom dia, crianças. - digo em um tom calmo

- Bom dia, Senhorita Miller. - eles falam em coral e sorrio ainda mais abertamente

- Obrigada por tudo que fez por nós, menina. - Elena se dirige a mim e levanto-me para receber seu abraço enquanto lágrimas correm por seus olhos - Nem em nossos maiores sonhos, poderíamos achar que viveríamos em um lugar assim, que realmente conseguiríamos dar esse conforto para essas crianças. - ela me olha enquanto segura minhas mãos com força - Sempre soube que seu coração era puro demais e que ainda iria transformar o mundo! Obrigada, querida. - diz completamente emocionada, me deixando da mesma maneira. Sinto uma mão pequena tocar em minha perna e me agacho novamente para que ficar mais perto dele

- Olá. - sorrio ao notar que o mesmo esta tremendo

- Senhorita, fizemos esse desenho para mostrar nossa gratidão. - ele me entregar uma cartolina grande. A mansão foi desenhada por um adulto, mas com certeza pintada a tinha por cada mãozinha ali presente. Existe uma porção de criança em frente o lugar, e uma mulher alta no meio... - Essa é a Senhorita. Está com asas por ser o nosso anjo, e com coração do lado de fora, porque podemos ver como ele é bom. A Madre Elena disse que corações bons devem ser visto, então queremos que todos vejam o seu. - ele termina de falar e já estou aos prantos - Disse algo de errado, senhorita? - pergunta preocupado e sorrio pegando em seu rosto

- Não, meu amor. São lágrimas de alegria. - falo e o mesmo sorri

- Um anjo? Foi definitivamente uma boa forma de descrevê-la, pequeno cidadão. - ouço a voz rouca atrás de mim e quase caio para trás.

- Henry? - levanto o olhando com confusão. O mesmo da dois passos para frente e deposita um beijo minha bochecha

- Oi querida. Desculpa o atraso. - diz e franzo o cenho com dúvida

- Crianças, esse é o Senhor Henry Portman. Ele ajudou a Senhorita Scarlett a construir nossa nova casa. - A Madre se manifesta com alegria

- Obrigada, Senhor Portman - falam em coral e vejo um sorriso sincero brotar em seu rosto

- Oi. - uma menininha se aproxima dele

- Olá minha jovem - responde a olhando

- Você será nosso presidente? - pergunta com as mãos na cintura e todos sorriem com sua desenvoltura

- Bom, eu não sei. Você gostaria que eu fosse? - ele responde respeitando totalmente o questionamento da pequena cidadã

- Você ainda será bom com criança como nós? - pergunta e ele a encara

- Farei tudo que estiver ao meu alcance. - o mesmo responde com sinceridade e ela a observa calada. A mesma se aproxima ainda mais e pega em sua mão enquanto sorri

- Confio em você, Senhor Presidente! - afirma - Agora vem! Vou te mostrar nossa casa. - A jovem o puxa pela mão e apenas sorrimos os seguindo. Após uma viagem empolgante na mansão, nos despedirmos com a promessa de voltarmos logo. Vou em direção direção ao meu carro logo após cumprimentar Bruce e outros seguranças já conhecidos. Cinto uma mão puxa minha cintura e meu corpo cola no seu rapidamente

- Por que não me disse que era hoje a inauguração? - pergunta olhando em meus olhos

- Não achei que estaria interessado. - digo dando de ombro e ele franze as sobrancelhas

- Até onde lembro, foi você que me colocou nesse projeto - afirma e reviro os olhos

- Foi uma entrada forçada, então não sei porque está aqui. Caso não tenha percebido... Não quero fazer disso uma campanha política. - digo irritada. Ele me encara com seriedade e não consigo definir o que se passa em sua mente. Seu braço ainda me prende contra ele e sua mão direita arruma mexas soltas por meu cabelo. O mesmo toca meu rosto com delicadeza e por milésimos de segundo, fecho os olhos aproveitando a sensação gostosa...

- Você ainda tem muita coisa para descobrir sobre mim, pequena loira... - ele sussurra e o olho. Seu nariz toca o meu e sua respiração é calma, e não sei por que motivo, não consigo me afastar... seus lábios tomam minha boca com delicadeza, instintivamente devolvo o beijo. Uma de suas mãos dançam sobre minha cintura, enquanto a outra pousa sobre o pescoço. Sinto meu corpo em uma metamorfose de sensações que nunca senti antes. Nossas respirações estão descompassadas quando o beijo acaba. Seu olhar cai sobre o meu e me sinto vulnerável - A única coisa que acalma meu coração, é saber que também existe muita coisa que tenho que descobrir sobre você. - ele diz e sinto o baque do seu afastamento. Ele me conduz até o carro, abrindo a porta - Mas não se preocupe, querida... teremos tempo suficiente para isso....