Capítulo 63

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Henry

- Era uma vez, a história de um rei que viveu sozinho por um longo tempo. Ele tinha a companhia de pessoas que o ajudavam. Sua vida era dedicada ao trabalho. Então em um belo dia, o rei bonzinho e solitário, decidiu que precisava de alguém para lhe ajudar a governar, já que não tinha mais forças para fazer isso sozinho. O povo declarava e pedia por uma rainha. E então foi ai que ela surgiu... a moça tinha a beleza mais doce e marcante que o rei já havia visto. No entanto, havia algo entre eles, uma competição de poder no qual o rei não estava acostumado a perder, e ela também não. Ele descobriu que precisava de uma formula secreta para conquistá-la. Ao observar os traços da jovem, percebeu que ela tinha o dom de falar com as pessoas, ela era sempre gentil e caridosa. Amava todas as crianças do reino, e abrigava aquelas que não tinham pais. Então, como um estalo de magica para conquista-la, lhe disse que o povo precisaria dela, ou o reino seria tomado por um mago que odiava a felicidade, e só queria as riquezas do lugar. A bela jovem enfim, aceitou se casar com o rei. E todos os dias que se passaram depois disso, fez com que ele se apaixonasse ainda mais pela mulher forte e generosa que ela era. Em seu coração, pôde declarar: ele a amava! Cada parte do seu corpo e de sua personalidade, fazia o rei se encantar por ela. Até que um dia, a moça de longos cabelos loiros foi sequestrada pelo mago ruim. Ele a levou, levando consigo todo o brilho do reino. O rei perdeu todas as suas forças. Todos achavam que ele não poderia mais governar sem a sua amada. Então, ameaçaram matá-la, com o intuito de tomarem o reino para si. As luzes do castelo se apagaram pela primeira vez na historia. Do lado de fora, só se via a luz quarto do rei amargurado, que dormia ao lado dos filhos. O povo perdeu as esperanças. Mas o que eles não sabiam, era que nada faria com que o seu rei, perdesse sua amada sem lutar por ela. Ele não era nada sem sua rainha, porque ela sempre foi o sinonimo de esperança e poder para o mundo...

- Ela vai voltar, não é? - Bella pergunta com os olhos cheios de lagrimas, enquanto se aconchega em meu peito.

- Ela nunca se foi, querida. - digo beijando sua testa em resposta e a colocando na cama. - Marcellus, pode cuidar da sua irmã? - pergunto colocando ele ao seu lado. Eles dormem em meu quarto desde o dia que ela foi sequestrada. Me sinto mais seguro assim.

- Ninguem vai encostar na Bella, eu não vou deixar. - diz abraçando a irmã e eu sorrio com o seu instinto protetor.

- Eu sei que não vai. Boa noite, crianças. - digo antes de apagar as luzes e sair. Ando pelos corredores da casa branca. As luzes foram apagadas, não há luz nesse lugar sem ela, e faço questão que continue assim. Entro no salão oval e encontro todos a minha espera.

- Agredeço por ter vindo, Turner. - digo apertando a mão do homem que sempre faz o trabalho que não pode ser feito as claras para mim.

-  É uma honra, senhor. - responde prontamente. Candyce, Brian, Júlie , Lorenzo, Bruce, Charlie e Mellie estão presentes, só as pessoas de estrita confiança.

- O povo esta inconformado com a captura da primeira dama, senhor. As ações estão caindo. O mundo acha que o Estados Unidos enfraqueceu. Estão com medo de uma nova guerra. - Mellie me alerta.

- O que vai fazer? - Julie pergunta ansiosa. Vejo que Lorenzo alisa suas costas em um carinho reconfortante e franzo o cenho ao reparar na cena

- Falou com eles, Turner? - pergunto e ele me entrega um celular descartável

- Estão esperando sua ligação, Senhor. - diz e assim o faço. Após a ligação apitar quatro vezes, ouço a voz do outro lado da linha

- No que eu posso ajudá-lo, Senhor Presidente? - o sotaque italiano carregado soa do outro lado da linha com um pouquinho do deboche que eu conheço bem

- Lorenzo D' Ângelo... quanto tempo. - sorrio com as lembranças da viagem mais louca da minha vida. - Ainda soltando de paraquedas como um louco? - pergunto e ouço a sua gargalhada

- Você sabe que não temos mais tempo para isso, Henry - diz de forma irreverente e respiro fundo sabendo que é verdade

- Minha mulher foi sequestrada. - falo de uma vez e sinto o silencio pairar no lugar

- Eu sei! O que quer que eu faça? - questiona com calma

- Que você seja um bom e velho amigo, e a traga de volta para mim, Lorenzo. - digo direto e sinto ele respirar fundo

- Henry, você sabe muito mais de mim e da minha família porque fechou minhas costas quando eu não podia ver. Você me ajudou, e eu te ajudei. E por mais que eu goste muito de você, estamos em lados opostos agora. Não vou levar meus irmãos para o Irã, sem que me dê a sua palavra, que irá nos dever um favor. - conclui em um tom de negociação extraordinária. Nunca conheci uma pessoa com as habilidades dele. É realmente impressionante

- Você sabe que farei o possível dentro do que EU achar adequado. - respondo deixando claro os meus limites e o ouço sorrir

- Ainda existe princípios na Itália, Henry. - responde com sua calma habitual - Parece que eu tenho um trabalho longo a ser feito... Tenha uma boa noite, Senhor Presidente . - diz e desliga longo em seguida, fazendo com que eu sinta um frio estranho percorrer minha barriga.

A Primeira Dama (CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora