15. Mercenários normais

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Dia 22; 16:29 horas

Caminho até a extremidade do deck de madeira para que seus olhos encontrassem os meus, a brisa do rio agitava o cabelo curto de Atena, era bom de se ver.

— eu acho que posso ficar aqui pra sempre — Ela volta seu olhar para frente — eu nunca vi nada parecido, é tão lindo.

— sim, muito mesmo.

Molho os pés ao sentar no deck, ela faz o mesmo e passamos a contemplar aquela paisagem em silencio.

— nós precisamos mesmo desses mercenários? — ela começa.

— sim, eles são guerreiros formidáveis, não estamos falando de mercenários normais.

— eu não confio nesse tipo de gente.

— não se preocupe com isso, eu já te disse muitas vezes, é você quem dará a ultima palavra e eu não farei nada que você não queira.

— quando vamos vê-los?

— vamos ao acampamento quando Bismark chegar.

— bom, Nicolas me disse que o pai chegaria em breve.

— não vamos demorar muito aqui, você esta com pressa não é?

— sim, mas só um pouquinho, leve o tempo que precisar... eu não sabia que você tinha tantas pessoas em sua volta.

— todos temos alguém. — respondo entendendo bem do que se trata, mas outra pessoa apareceu na minha mente.

— vocês parecem bem próximos.

— sim, nós somos como família.

— então você está aqui para se despedir.

— é, também, mas eu viria de qualquer forma, já conversamos sobre isso. digo e ela assente.

— espero que tudo corra bem e que se acerte com todos antes de partirmos, e estou falando da Liv também.

— talvez seja melhor deixar as coisas como estão, será mais fácil pra ela seguir em frente dessa forma.

— não acredito que seja assim.

— posso perguntar o motivo de estarmos falando sobre isso?

— eu só não quero que vocês se arrependam mais tarde.

— eu vou ficar bem. concluo e ela desvia o olhar para o rio, serena.

— eu vou sentir falta disso aqui quando voltarmos.

— tenho certeza que lugares muito mais incríveis nos esperam.

— será? isso se...

— James — me viro encontrando Nicolas —Bismark chegou.

Fomos conduzidos até o cavaleiro, que nos esperava ao lado da sua filha, vitória, foi ela quem tomou a frente e me abraçou calorosamente, então nos cumprimentamos assim. O mesmo aconteceu com o homem sempre implacável de barba Branca, e sou obrigado a segurar minhas lagrimas ao sentir seu afeto, após as boas vindas, apresento Atena aos dois.

— não trago boas noticias. — começo.

— você vai se casar? — Ele diz olhando para Atena, me fazendo sorrir mesmo de coração apertado.

— não.

— vamos nos sentar para conversarmos melhor, a senhorita também — nos acomodamos para Jon continuar —e então, a que devemos essa visita?

— não é fácil dizer isso. — começo prendendo a respiração — o meu avô esta morto.

Percebo o pesar invadindo o semblante de Bismark, sua falta de reação me fez querer consola-lo, Vitória e Nicolas prestaram suas condolências tão logo quanto ouviram.

Meu Nome Não É AtenaOnde histórias criam vida. Descubra agora