Dia 21; 7:09 horas
Dou uma olhadinha pelo quarto encontrando Vivian pronta para abrir as cortinas, de pronto fecho meus olhos com força para evitar a luz do sol.
— bom dia princesa liv.
— bom dia. — demoro um pouco pra responder.
— você dormiu bem?
— sim. — Minto, aproveitando o máximo aqueles últimos momentos na cama.
Não é fácil colocar a verdade em palavras, dizer que meu casamento seria em dez dias, e que isso levava meu sono todo dia, não faria diferença alguma no desfecho final.
Noite após noite, me esforçava para não pensar no James, mas quanto mais eu tentava, mais eu pensava.
— isso é bom, temos muito o que fazer hoje.
— aposto que temos. — abro um sorriso amarelo.
Assim tem sido minha ultima semana, passo os dias tendo a impressão de estar sendo jogada dentro de um cativeiro, e cada vez que fico mais longe da saída, mais abro sorrisos que mostram todos os meus dentes.
Me pergunto se isso vai mudar com o tempo.
— você vai em algum lugar? Perguntou Vivian, notando minhas roupas recém trocadas.
— estou pensando em dar uma passada na biblioteca Municipal, eu quero muito encontrar alguma coisa nova para ler, e o mesario me disse que chegariam novas remessas vindas do império por esses dias.
— nós podemos mandar alguém para averiguar isso.
— eu não posso dar uma volta?
— não é isso...
— não se preocupe Vivian, Eliot esta me acompanhando de perto, e eu anda não estou certa sobre ir. — conto quase me se sinto mal por ela, mas agora, eu desejava atirar mais que tudo na vida, se algo pode acalmar meu coração, seria meu arco e minhas flechas.
— Eliot...
— o que tem ele?
— não é nada, nós estávamos conversando a pouco, mas algo surgiu nos portões do Palácio e ele teve que sair.
— quer me matar de curiosidade, me diga logo o que aconteceu.
— não sei se devo. — Ela diz fitando o teto
— Vivian! — A governanta solta o ar antes de começar.
— um soldado chegou falando sobre um aventureiro no portão, alguém que afirma conhecer Atena.
— e o que fizerem com ele?
— como eu poderia saber?
— então vamos descobrir.
— oque? — Vou em direção à porta, com Vivian esperando alguma resposta.
—você me acompanha?
— céus, eu não deveria ter começado.
— agora é tarde.
— espera, não é melhor ficarmos aqui? em pouco tempo teremos respostas.
Não dei ouvidos a Vivian, ela costuma ser cautelosa demais, para tudo e todos, eu pelo contrário, já não me importava com muita coisa. Desço os degraus para os portões principais do castelo, com a governanta logo atrás, me reprendendo por minha suposta insensatez, ao chegarmos, encontro um grupo de guardas conversando com um rapaz alto e magro, talvez um pouco bonito.
— oque esta fazendo aqui princesa? Eliot se aproxima.
— quem é esse?
— a senhorita não deveria estar aqui.
— como?
— James me pediu para te proteger, e eu não pretendo desaponta-lo.
O fito desprezando cada palavra que ouvi, penso em expor meus pensamentos e dizer que James não se importava comigo, com ele, nem com ninguém, mas respiro fundo.
— não se esforce tanto, ele não vai mais voltar — olho em volta antes de manter minha atenção no rapaz — eu mal posso contar o número de soldados aqui, nunca estive mais segura na vida.
— do que exatamente a senhora precisa?
— quem é esse homem?
— estamos descobrindo.
— ele é um viajante?
— nos estamos averiguando.
— ele tem o direito de esperar Atena dentro do castelo, assim ordenou o rei, você sabe.
— claro, acontece que ele não apresentou o comunicado distribuído pela coroa, e sem um comprovante não podemos simplesmente deixa-lo entrar no castelo, nos deixe fazer nosso trabalho primeiro, tudo bem?
— por que Apolo e Dione ainda não estão aqui?
— por que deveriam?
— eles podem conhecer esse homem, podem confirmar ou desmentir sua história, chame-os imediatamente.
O guarda chamou um soldado e lhe passou o recado.
— se me permite, eu quero falar com ele.
— a senhorita terá muitas oportunidades.
— agora, sir. — Digo o deixando para trás.
— princesa, você não deveria se arriscar dessa forma. — ignoro suas palavras e sigo em frente.
— princesa. Um dos guardas se curvou percebendo minha aproximação, me deixando a par da situação — esta diante de uma princesa, se curve rapaz.
— qual seu nome? Indago após sua mesura.
— Hélio.
— ouvi dizer que você conhece Atena, é verdade?
— sim.
— vocês são próximos.
— podemos dizer que sim.
— você pode descreve-la? Ele parece pensar um pouco.
— princesa, nos já fizemos isso. —Eliot interviu.
— e então?
— ele descreveu a garota, mas isso não é o suficiente.
— nós temos um protocolo rigoroso para receber viajantes. Fito Hélio novamente - espero que entenda.
— esse deve ser o meu dia de sorte. O rapaz diz sorrindo.
— Apolo esta aqui.. Eliot chama a nossa atenção.
— ótimo, você conhece esse homem? Pergunto, Apolo parece surpreso.
— sim, o conheço.
— pode nos dizer o nome dele.
— eu nunca fui muito próximo dele e faz um tempo que não e vejo — Apolo para um pouco, pensativo — eu não lembro do nome, mas definitivamente o conheço, Atena certamente lembraria.
— onde ela esta?
— ela precisou viajar, mas logo estará de volta, mas e você? O que faz aqui?
— eu vou me juntar a vocês.
— você pode fazer isso?
— sim, vamos até a torre juntos.
— isso foi o suficiente? — me dirigi a Eliot.
— ainda Tenho algumas perguntas — apesar da teimosia, conclui que tudo acabaria bem — você fez um bom trabalho, princesa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Nome Não É Atena
FantasiJames teve muita sorte de encontrar Atena. Ela era como um furacão. E ele sempre queria o vento mais forte. Ela tinha um objetivo que ele não compreendia. O único objetivo dele era proteger uma princesa. Acompanhe uma aventura fantástica que conta c...