A Lenda De Khlaus (Livro IV: Resoluções)

Capitulo VI: Falhas não vistas.

Após algumas horas conversando com Mythic Khlaus se levanta e vai até Crane e as meninas dando um descanso a elas, volta até Pawa e Sylwia entrando na dimensão e as encontrando exaustas.

-Eai? Querem uma pausa?

-É... Já faz muito tempo em que estamos aqui não? – Comenta Sylwia.

Khlaus sai com elas da dimensão espelhada e logo começa a abrir um portal.

-Para onde vai? – Pawa controlando sua respiração questiona.

-Tenho que visitar alguns locais – Khlaus retorna sua visão às duas – Podem vir comigo se quiserem, tenho que dar descanso para aquelas 3 e começar a mover as peças...

Sem entender nada ambas param ao lado de Khlaus entrando junto a ele, logo de cara Pawa percebe que local seria aquele todo destruído, pensa em falar algo a Khlaus, pensa em comentar mas não sai nada de seus lábios, ele começa a andar entre as rochas caídas, passar as mãos em símbolos e atrás deles alguém aparece.

-Oi Karui – De costas Khlaus cumprimenta sem muita animação.

-Você sabia que isso viria a ocorrer, não é? – Comenta a guardiã daquele local.

-Infelizmente para que outros não percam quem deve perder sou eu – Khlaus comenta ainda tateando os símbolos nas rochas destruídas, como se tivesse receio sobre a queda daquele local.

-O quê? Khlaus por que a tumba arcana está assim? O que está acontecendo e por que está falando assim? – Começa a se angustiar.

-Parte disso você sabe – Khlaus vira de leve seu rosto – Seu medo é por que desconhece o restante, não é? – Ele começa a adentrar mais nas catacumbas.

Pawa sem resposta aparente fica parada com Sylwia a encarando, pensativa do que Pawa sabia um pedaço e o que Khlaus tanto guardara consigo.

-A hora está chegando... – Karui corta o silencio.

-Que hora? – Sylwia encara a garota fantasma.

-A morte final de Khlaus, o momento onde ele não voltara, o inimigo dele cada vez mais poderoso e as indecisões dele.

-Indecisões? – Sylwia voltara a olhar para Pawa que não aparentava surpresa.

-Para um guerreiro a guerra é o inferno – Karui começa um monologo – Aquele que mais busca paz é aquele que menos a encontra, ainda mais estendendo seus limites.

Sylwia novamente fica mais confusa.

-Khlaus tomava remédios para conseguir dormir Syl – Pawa fala calma se sentando.

-Ele o que? Como você deixou ele... – Sylwia nota o olhar de Pawa ficando vazio.

-Imagino quantas vezes ele não pediu a Mythic alguma forma de diminuir a consciência dele nem que seja um pouco, pediu um pouco de socorro entre suas viagens.

-Mas como tudo isso aconteceu? Ele não era o guerreiro imbatível que voltaria de várias guerras e etc?

-Mas ele é humano, o mais humano que conheço, há muita bondade em seu coração e descobri isso no mesmo momento que mais o conheci – Pawa começa a contar sobre o treinamento anos atrás.

Após mais uma série de exercícios e treinamentos ele parou de cabeça baixa, aquilo não era cansaço, não, ele simplesmente parou um instante e falou "Pawa... eu não estou preparado" na época achava que ele queria falar do terror hibrido mas não foi essa a intenção, logo depois ele começou a me contar sobre sua primeira missão como um Panta, e pela primeira vez vi aquele homem que hoje é tão forte chorar "Estive sozinho entre diversos inimigos, era só uma criança e eles todos estavam armados, fiz o que deveria fazer mas sabia que ali havia pais, havia filhos, havia irmãos, tudo o que ocorreu naquele dia foi para me tornar frio e aí levantei esse escudo a minha frente, algo que escondesse meus receios, sentimentos e meus medos, naquele dia me tornei o frio Panta que iria atrás da vingança após ser o único que sobrou, porém...", e nesse instante ele parou, eu o abracei, não esperava sensibilidade dele assim e de Mythic tive a resposta, "Ele teve que passar por muita coisa, que treinar os olhos a descobrir em segundos as intenções do inimigo, mas isso se tornou o bonito nele também, ele pôde ver as pessoas boas, pôde reconhecer as que lhe fariam bem, começando por Sairento".