Capítulo 9 - Desligado

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Boom!

O som alto é emitido pelo sistema de home theater de Phun. Isso me faz sentir como se estivesse sendo ridicularizado por perder com as palavras 'Game Over' piscando na tela. Jogo o controle longe pela frustração de perder exatamente uma dúzia de vezes.

Xbox estúpido. Você nem é tão divertido de jogar. A inteligência artificial do jogo foi totalmente roubada. Penso (ou culpo os outros) enquanto me deito no tapete, sem idéias sobre o que fazer a seguir.

'Quem pode ser legal a cada hora? Sou uma pessoa, não um personagem de um drama na TV.' [Musica]

Quem diabos está me ligando? Olho para ver meu telefone tocando e vibrando na mochila que deixei no sofá. Uma parte de mim é preguiçosa e não tem vontade de responder, mas a outra parte tem medo de que isso perturbe o dono desse quarto e ele possa acordar.

Então pulo rapidamente e pego meu telefone.

É o Ohm. "E aí, idiota?"

"Por que é que você não está aqui hoje?! Fui disciplinado pelo professor e agora tenho que tirar o lixo de suas salas depois da aula." A voz alarmante de Ohm aparece, não posso deixar de rir de sua situação. 

"E como diabos você se meteu em problemas?"

"Eu estava conversando com Pong, estilo MSN¹ de bilhete de papel."

"Como você conseguiu ser pego passando bilhetes?"

"Estava demorando muito para passar entre as pessoas, então joguei para ele. O professor se virou e me viu." Burro. Bem feito.

"Você acha que eu sou burro, não acha? Imbecil." Que porra é essa? Por que ele teve que me insultar?

"Então, onde você está? Se você não está aqui, quem vai me ajudar a tirar todo o lixo?" Então, basicamente, ele não está preocupado comigo nem nada. Ele só quer alguém para ajudá-lo. Que amigo maravilhoso.

"Apenas executando uma pequena tarefa..."

"Que tarefa? Ou você ainda está com Yuri desde ontem?" Ele sempre pensa nas coisas mais sujas. Se ele estivesse aqui, eu lhe daria um tapa na cabeça.

"Cuzão." Esta é a palavra mais educada a ser usada para alguém como ele.

Mas antes que eu pudesse ouvir a resposta de Ohm, ouço ruídos fracos vindos de Phun. "Frio... frio... frio..."

"Quem está aí com você?" Puta merda, não só ele late como um cachorro, mas também tem uma boa audição. Não tenho tempo para explicar agora. "Ei, eu tenho que ir."

"Frio... frio..." A voz de Phun fica progressivamente mais trêmula.

"Quem está aí com você?"

"Vejo você na segunda-feira." Eu o interrompi e desliguei. Pulo para o termostato e o viro até 30 graus Celsius. Vai ficar muito quente.

Olho os números que acabaram de ser alterados e já sinto que estou ficando mais quente. Tiro a blusa e a jogo sobre o sofá antes de me aproximar para verificar o paciente que está enrolado na cama.

Parece que ele realmente está congelando. Ele está reunindo todo o edredom que pode em torno dele. Seus lábios e seu corpo inteiro estão tremendo de forma agonizante.

Mesmo se eu tivesse reprovado na minha aula de saúde, poderia reconhecer que ele está com febre, como me disse antes. Começo a entrar em pânico, pois nunca tive que cuidar de alguém assim antes. A primeira coisa que decido fazer é colocar a mão na testa dele para verificar sua temperatura. Ele está tão quente quanto um ferro de passar roupas!

Love Sick  - A vida caótica dos garotos de shorts azuisOnde histórias criam vida. Descubra agora