Capítulo 31 - Cara a cara

26 3 0
                                    

A professora Mettha nos dispensa da aula no exato momento em que meu telefone vibra em cima da mesa. Felizmente, todo mundo está fazendo barulho, então ela não percebe que meu iPhone está causando um grande tremor na superfície dura.

Dou uma olhada na tela e penso em como o Golf tem uma pontualidade perfeita.

"Onde você está?"

"Quase chegando, vem me buscar." O que diabos? Não aja como se você nunca tivesse vindo para essa escola.

"Hilário. Me encontre na sala do clube no prédio F. Tenho que preparar o evento das preliminares, então estarei esperando lá, ok?"

"Não, nada de ok! Eu abri mão do meu precioso tempo livre por você, quando eu poderia estar paquerando garotas. É bom você mover essa bunda até o portão e vir me buscar. Estou quase chegando, até já!"

E esse idiota é mais uma das pessoas na minha vida que fazem suposições sobre as coisas e força as pessoas a concordarem com elas. (O que há com essas pessoas da vida desse pobre Noh? Será que ele algum dia conseguirá o que quer?!) Golf desliga e eu guardo o telefone, derrotado, antes de ir encontrá-lo no portão.

"Ohm, se importa de arrumar as coisas por mim? Eu já volto."

Como de costume, esse desgraçado tem um problema com isso. "Qual é, cara?! Onde você vai?! Temos que começar logo!"

"Eu sei. Vai ser rápido. Tenho que buscar o Golf, ele está a caminho."

Ohm se anima ao ouvir o nome de Golf. "Sério?! Beleza, vai buscar ele então, pra eu poder dar um cacete nele. Ele misturou molho de peixe na minha bebida outro dia no Parque Lumphini. Estava salgadíssimo. Não vou deixar isso barato." Hahaha, vocês dois podem resolver isso sozinhos!

Corro até o portão da escola, já que meu relógio me diz que está quase na hora de começar a rodada preliminar. No entanto, nem vejo a sombra do Golf.

"Aquele filho da mãe, não foi ele que me disse que já estava quase aqui?" Reclamo comigo mesmo.

Enquanto espero por ele, uma garota de pele clara vestindo o uniforme do convento à distância chama minha atenção. Quem é ela? Consigo perceber que ela é muito bonita, mesmo de longe. Se eu conseguir ver de perto? Uau, nem quero imaginar. Continuo olhando enquanto a figura se aproxima, empolgado, como qualquer outro adolescente.

Mas...

Droga. Por que não percebi isso antes? Observo enquanto Aim se aproxima do portão da escola e sou forçado a fingir que não a vejo, simplesmente porque não tenho nada a dizer a ela. Posso dizer que ela está olhando na minha direção também.

E, claro, além do segurança, o senhor Suchart e outros alunos saindo da escola, não vejo ninguém que se pareça com o Phun. Isso significa que Aim e eu devemos ficar aqui esperando pelas pessoas que viemos encontrar.

Honestamente, não me importo muito que ela esteja por aqui. Já não me preocupo mais com qualquer forma de educação, desde que perdi todo o respeito por essa mulher devido às minhas experiências pessoais com ela.

Encosto no portão e começo a assobiar, parecendo completamente satisfeito comigo mesmo. Nem cumprimento, esperando que isso a irrite. Dou uma olhada nela e parece que ela está bastante incomodada com isso. Olho para o rosto aparentemente bonito dela e sei imediatamente que ela veio até aqui para manter o Phun longe de mim. Aposto que ela está com medo de que eu vá contar tudo.

Ela não faz ideia de que eu não faria isso. (Eu não sou esse tipo de pessoa.) Se eu quisesse dedurar ela, teria feito isso lá em Hua Hin. Se eu fosse tão ousado, não teria chamado o Golf para me ajudar a pensar em algo. Falando nisso, quando diabos ele vai chegar?

Love Sick  - A vida caótica dos garotos de shorts azuisOnde histórias criam vida. Descubra agora