Para Sempre Lily Luna

EDWARD REMUS LUPIN

Teddy se virou para o lado vende Victorie dormir tranquilamente e suspirou se levantando, ele não estava dormindo bem desde a morte de sua irmã mais nova, era como sentir todas as manhãs uma mão fria e invisível apertar o seu peito e não poder fazer nada quanto a isso.

Para ele era tão surreal o quanto a vida era frágil, de repente uma pessoa estava em sua vida e então como em um passe de magica, como em um floreio de varinha ela já não estava mais, já podia mais ser encontrada ou alcançada.

Teddy terminou de descer as escadas e sorriu com a foto dele, Lily e Victorie em seu casamento, ela tinha sido uma das damas de honra junto a Dominique a prima de Victorie filha da irmã de Fleur.

Ela estava linda aquele dia, mesmo praguejando contra o vestido dourado de cetim que tinha sido obrigada por Victore a usar, incrivelmente dourado combinava com ela, e contrastava com as rosas brancas que trazia, os cabelos ruivos presos apenas na frente deixando atrás cair como cascatas, a sarda era aparente por conta do vestido ser de alcinhas.

Naquele dia Teddy a viu dançar com Scorpius Malfoy, linda, leve, livre e risonha como sempre foi desde a primeira vez que Teddy tinha segurado no colo, levemente desajeitado por ser apenas um garotinho de dez anos de idade.

Quem iria dizer que apena três anos depois daquele acontecido ela lutaria uma de suas maiores batalhas e acabaria derrotada.

Uma coruja entrou pela janela e Teddy finalmente saiu de seus devaneios olhando para a coruja, era a coruja de Lily, Íris depositou a carta e saiu sem nem mesmo esperar um biscoito ou dinheiro, aquela coruja sempre tinha sido arrogante pensou Teddy.

Teddy ofegou ao ver de quem era a carta, o nome e o brasão LLP marcava que tinha envidado a carta.

" Meu amado irmão mais velho.

Você é da casa dos texugos, entende sobre trabalho duro e justiça, mas sabe que quando se trata de vida e morte não há muita justiça.

Realmente a vida não foi muito justa, eu provavelmente estou morta ou você está mexendo nas minhas coisas sem permissão o que eu acho totalmente desrespeitoso Teddy Lupin.

Mas se caso eu estiver morta de fato, não há muito o que se fazer, apenas espero que você entenda que nessa vida quando se trata de morte não existe muita justiça e nem alguém como você que trabalha como juiz do tribunal do ministério poderia negociar algo assim.

Meu tempo na terra acabou e eu descanso em paz, sabendo que vivi minha vida exatamente como desejava, claro que fiz algumas burradas pelo caminho mas errar faz parte, eu tive sabedoria o suficiente para não permanecer no erro.

O fato é que essa carta não tem muito sentido a não ser para você saber que eu estou bem, seja qual for a dimensão que eu esteja eu estou bem, vou estar em um lugar que ninguém nunca vai me poder fazer mal, e você nunca vai precisar se preocupar se eu estou segura como nos primeiros anos de Hogwarts que você me mandava duas cartas por dia, apenas para ter certeza, eu estarei descansado em algum lugar do céu cujo eu vou implorar para Deus que não seja cor pastel.

Seja feliz meu irmão, seja feliz com Victorie, ensine ao pequeno Harry tudo que ele precisa saber, por que não imagino pessoas melhores para ter um filho que vocês dois, tenho certeza que ele será a criança mais feliz do mundo.

Ensine ao seu filho tudo que me ensinou Teddy, como por exemplo o lugar exato de se chutar um garoto quando ele estiver incomodando de mais, o lugar certo para acertar alguém que estiver fazendo bullying com você, ensine a ele assim como me ensinou a nunca a baixar a cabeça, ensine as pequenas marotagem que me ensinou como por exemplo colocar bomba de bosta na sala dos professores.

Não estou dizendo que fiz isso, só estou dizendo que seria interessante, acho que a vida eterna ou a vida de alma pena pode ser muito entediante então ensine seu filho algumas coisas para poder me divertir no lugar cheio de cor pasteis.

Com amor para sempre sua Lily Luna."