Colivriano

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Maldito eu que ainda digo que não me escreveria. Mas como antes e sempre, eu vivo de contar histórias, pra isso que tenho minha única memória.

Abdiquei das minhas rimas, ritmo e poesia pra te entregar minha melancolia, naquele canto do amor de papel, que escrevi beija-flor, e tu recitou, moça. E hoje, eu tão preso a mim mesmo me sinto livre, Colibri, com o beijo doce das flores e o bater de asas tão rápidos quanto o pulsar das ansiedades, quem me dera um coração, pra completar essa trivia, que de forma trivial transformei em felicidade, pra passar os momentos a sós contigo, sob a luz das estrelas, minha querida Lua. Eu nunca ouvi, ao certo, o motivo de um calar, mas sempre houve motivos pro calar dos meus ouvidos, por isso me transformo pássaro, com álibi de inseto pra ser mais livre, Colibri. Com a pulseira azul, que não tiro do pulso, pra não me atirar num impulso, me alegro pelos detalhes, pelas semânticas e pelas coisas que eu nem me dou por conta, mas que eu toco, sem sentir. A ametista que carrego no pescoço é minha sorte, que transforma 3+7 em 13. Faz muito tempo que larguei meus traços, e ainda assim não lhe trago, eu ainda passo noites em claro, juntando os pedaços pra ver se um dia, me junto inteiro, no teu abraço.

De todas as palavras que ainda direi em teu nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora