De todas as palavras que ainda direi em teu nome

Instinto de(o) Ser

Maldito selvagem, bicho da madrugada.

Animal insaciável em busca do saber, talvez, até do ser. Não descansa e nem me deixa ter a devida paz, insiste na ternura noturna, de contar as estrelas e admirar a lua. Maldito animal, me faz crer a cada momento que me falta algo, que a cada instante me faltam momentos e a cada segundo que passa minha vida se esvai. Esvazia minha mente, mas em contrapartida a atormenta, se faz de bom moço, esse maldito. Digo, sem ele mal vivo. Monstro incontrolável, abominável e... amigável, meu companheiro pra todas as horas. Mas desde os sete se desentende, me machuca e é latente o talento que me dá. Me muda a cada detalhe e me faz preferir morte ao desapego, mas mais meu ego á morte. Ele me diz a todo tempo que devo me manter vivo, ao mesmo tempo me indaga mil motivos que a vida não tem sentido. Talvez mereça um tiro, ou só um pouco de atenção, sabe? Até sua mente precisa se expressar. Me desculpe o incômodo, senhor. Muito obrigado.