Apesar de.

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Por meus devaneios, maus lençóis, e mais talvez.

Eu não mereço teu amor, nem teu afeto escondido de tapa, fique com essa flor, essa blusa e esse mapa, me desencontre por onde eu andar e ande por onde ainda não passamos e lembre-se, eu não mereço teu amor. Não mereço, e tampouco importa, quem bate a porta é a saudade de algo que nem me lembro, quisá me dói, e como dói, todos os momentos e palavras de conforto, era meu porto seguro, de tudo que se foi com o vento mas mesmo esvaindo, eu ainda seguro, e assim me curo com a força tempo. Eu não mereço teu amor, nem teu R puxado, teu sotaque que não precisa se segurar pra mim, e que eu amo. Não mereço, e sei que não é justo, por isso me ajusto entre as brechas do teu sorriso pra caber, um pouco no teu "cariño", mas não se indague, não estou no teu caminho, mesmo estando no passado, o que passou passou, e o que machucou foi aprendizado. Hoje sou formado em dez mil línguas diferentes de demonstrar o meu amor, de esconder minha dor, de passar meu calor, minha calma, acalentar a alma e ouvir quando alguém fala, sentir sabor, dançar na sala, ter 1001 funções, funcionais ou não, aprendi 1001 canções, toquei corações, meus dizeres se tornarão refrões, seja como for, aqui vou estar estendendo a palma da mão, dizendo que não mereço teu amor, nem teu perdão. (Mas sigo feliz pois ainda amo, apesar de)

De todas as palavras que ainda direi em teu nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora