Três presentes

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Hoje, o frio da madrugada me abraça, e o sereno me cobre. Minha companhia é a santíssima trindade, A Lua, Dreher e o Silêncio na Cidade. Mas também tem o cigarro aceso, o amargor e a saudade. Mas nada disso importa, pra quem já dançou na chuva, uma retardada e um idiota. Ou vice e versa, a gente conversa, da um jeito. Mas o gosto do final era o mesmo, de café ou de beijo. Deita no meu peito que esquenta coração esquecido, e diz como foi teu dia. A banda mais bonita da cidade cantou sobre nós, e eu, sob a luz do luar me esqueço, que lembrança dói mais que tudo mas também acalenta a alma. Dói não expressar, mas quero que sinta minha calma, do meu caos lido eu. O que eu quero é companhia, um beijo e... o que vier eu aceito, beija-flor não entra em queda, se for pra cair eu alço vôo no teu quintal. O chão frio agora é o que me resta, não tenho medo, quisá pressa. Eu corro ao lado do tempo, não contra ele, de suicida basta meu coração que ainda escreve aos olhos da ingratidão. É que eu sou livre e vôo longe com os pés no chão, eu ando pleno, rosto sereno e por dentro chorando. A lágrima que se recusou a sair, caiu em meio a tempestade de tudo que ocorre em mim. Quando precisar me chame, chuva, que escorre teu corpo, do pé ao ombro. Na penumbra dos meus olhos, que se fecham com o tempo, vejo teu rosto, com o nítido sorriso que me palpita e desmonta. Meu peito ainda dói do corte que eu mesmo fiz, tirei todos aos poucos de lá e transformei no meu recinto. Hoje aceito tudo que sinto, e sinto tudo que posso, pra que um dia possa dar tudo de mim, pra dividir no mundo, nosso.

De todas as palavras que ainda direi em teu nomeOnde histórias criam vida. Descubra agora