— Namjoon, onde está me levando? Diz que não é para a casa do papai e nem para um psicólogo! — falo, desesperada.
Meu dia estava sendo parado ao extremo. E não, eu não estou exagerando. A única pessoa que me deu parabéns, foi minha mãe. Passei a tarde toda esperando uma vista, ligação, mensagem... Nada. Admito que fiquei decepcionada.
Será que realmente esqueceram?
Pensei que poderiam estar planejando algo, mas foi ficando tarde. Até que meu irmão brotou em casa, me deu um simples abracinho, vendou meus olhos e me enfiou num carro — sem deixar eu trocar de pijama. Agora, estamos em frente do que eu creio ser uma casa, pelo som de suas chaves abrindo a porta.
— Por que eu te traria num psicólogo no dia do seu aniversário? — ri.
— Ah, não sei... Vocês já tentaram uma vez.
Aquele ano não foi dos melhores e a solução que minha querida família encontrou: me abrir com um completo estranho.
Não nasci para essas coisas.
— Esquece isso, erramos feio — suspiro aliviada. Eu odeio ir ao médico, não importa o tipo. — Vem, entra — ele me guia para dentro do lugar e solta meu braço.
Dou uns tapas no vento e não sinto sua presença perto de mim.
— Joon, cadê você? — chamo e não recebo nenhuma resposta. — Kim Namjoon, quando eu tirar essa merda da minha cara, vou te arrastar no asfalto!
Retiro a venda, esperando ver as duas covinhas conhecidas por mim, mas parece que ainda estou com ela. O cômodo está um breu; impossível de indentificar qualquer pessoa ou objeto no escuro. O desgraçado me trouxe aqui e se mandou.
Que inferno de dia é esse?
Quando penso em me mexer, a luz acende sozinha. Grito assustada, enquanto o grupinho grita "Surpresa" em harmonia. Todos juntos, com sorrisos estampados no rosto.
Levo alguns segundos para processar o que está rolando. Eles organizaram tudo aqui. Há bexigas azuis e roxas — minhas cores preferidas — coladas pelos cantos da sala e teto. Uma faixa com a frase "Feliz aniversário, Dahyun" presa na parede sobre uma mesa repleta de doces e outras comidas salgadas, e até dois balões na cor prata em forma do número 17.
Bando de idiotas, eu pensei de verdade que tinham esquecido.
— Parabéns, doidinha! — Yerim é a primeira a me felicitar. Namjoon, Taehyung, Jin, Jimin, Yoongi e Hoseok vieram em seguida.
— Tão grandinha, que orgulho do meu bolinho! — Hobi aperta minhas bochechas. Massageio-as depois que o garoto solta.
Jungkook é o último a me cumprimentar.
Estranho. É como se hoje, especialmente hoje, ele estivesse três vezes mais bonito. Os cabelos estão úmidos, batendo na altura do nariz. Veste uma camisa branca que transparece levemente seu peitoral e uma calça jeans preta, deixando as malditas coxas malhadas marcadas. As roupas que usa são simples, porém causam um impacto enorme.
Por que, Deus? Eu tento, você que não colabora.
— Feliz aniversário, amor — me abraça apertado. O cheirinho de seu perfume adocicado invade minhas narinas. — Gostei do pijama.
Rio baixinho.
Não pensei que meu irmão apareceria do nada, então coloquei meu pijama do Pernaloga e preparei um pote de sorvete de chocomenta, uma pipoca e lámen para passar a noite maratonando Tudo Bem Não Ser Normal. Seria uma noite de muito choro.
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TEXT ME • jungkook
Fanfiction[LIVRO UM • CONCLUÍDO + bônus] Jungkook e seus amigos sempre tiveram o costume de fazerem desafios vergonhos em locais públicos, somente para se divertirem. Sabendo dos pontos fracos do moreno, Taehyung o desafia a passar seu número e uma cantada p...