Você Aceita?

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Andrea analisou o gazebo enquanto subia, Nate estava atrás de si, não queria está ali com ele, não onde ficou tão próxima a Miranda, o sol já estava se ponto, ela olhou para o moreno após alguns minutos encarando o céu rosado e o viu ajoelha.

— Nate — Disse surpresa.

— Andrea Sachs, eu pensei em esperar o fim da viagem, mas não posso mais esperar, você quer ser mãe dos meus filhos, viver comigo pra sempre, você quer casar comigo?

— Oh meu Deus, Nate — Disse incrédula.

— Você aceita?

— Não — O sorriso dele desapareceu e ele levantou incrédulo.

— O que?

— Eu não quero me casar, Nate, não agora, muito menos filhos, eu te disse isso quando começamos a namorar.

— Mas moramos juntos.

— E isso me fez parar de sair com meus amigos, visitar meus pais em todas as férias, viajar, me fez parar de viver.

— Nós visitamos os seus pais.

— A quase dois anos — Disse séria — Qual a minha cor favorita?

— Isso realmente importa?

— Responde Nate.

— Rosa.

— Eu odeio rosa — Disse encarando-o — Ao que eu tenho alergia?

— A... — Tentou lembrar — A nozes.

— Eu não tenho alergia alguma.

— As coisas que você me perguntou não são fáceis de lembrar, você não sabe se eu tenho alergia ou minha cor favorita.

— Você não tem cor favorita, mas odeia qualquer uma que te deixe afeminado e tem alergia a gatos, sua comida preferia é ensopado e você não gostaria de viajar para o México por um motivo tosco.

— Não é tosco, eu só odeio mariachis — Disse sério — Você falou coisas fáceis.

— Você ao menos prestou atenção em alguma coisa sobre mim nesses meses de namoro?

— Nós moramos juntos.

— Por insistência sua, você nem ao menos se importou se eu queria ficar lá, se eu gostaria de ter uma vida com você, se fez de vítima pra conseguir isso, você o tempo inteiro foi egoísta, Natanael, desde o início do relacionamento e eu deixei porque gostava de você, mas faz um favor a si mesmo e fica o mais longe possível de mim, isso aqui é um erro, você é um erro, eu não passo mais um dia com você — Gritou.

— Ótimo — Disse irritada — Volte para os seus amiguinhos de Nova York.

— Eu vou voltar e acredite, eu vou visitar todas as baladas da cidade.

— Aproveite bem e saiba que não adianta sofrer por mim depois, pois eu não vou te querer.

— Eu não vou sofrer por você, eu estou apaixonada pela sua mãe! — Gritou sentindo às lágrimas caírem — Oh droga — Nate preocupou-se quando viu o choro dela se tornar desesperado, admitir para Claire era uma coisa, mas gritar aquilo foi como  uma enxurrada.

— Andy — Tentou toca-la.

— Não... — Deu um passo pra trás — Me toca — Disse saindo do gazebo e correndo de volta para a casa, subiu as escadas correndo deixando Miranda confusa da sala.

.§.

Eram um pouco mais do que nove da noite quando Andrea desembarcou em Ohio, ao passar pelo portão de desembarque viu seus pais e correu até eles os agarrando antes de entregar-se ao choro compulsivo, habia saído da casa de Miranda sem nem ao menos dizer uma só palavra, jogou as roupas nas malas e pediu ajuda ao motorista que lhe deixou no aeroporto, não viu Miranda, pois essa estava trancada no escritório com Nate, mas também não queria vê-la seria pior.

— Está tudo bem querida — Claire disse afagando-a nos cabelos — Vamos pra casa — Disse abraçando-a de lado, Richard puxou a mala da filha enquanto Claire a acalentava e logo estavam a caminho de casa.

Assim que Andrea adentrou a casa dos pais se sentiu finalmente em casa, subiu as escadas indo para seu antigo quarto analisou cada canto, estava como deixará antes de se mudar, logo Claire adentrou o quarto junto a Richard que deixou a mala e saiu.

— Trouxe chocolate quente, por que não toma um banho enquanto ele esfria um pouco? — Andrea afirmou e foi tomar um banho, não demorou a voltar e sentou na cama — Quer me contar o que aconteceu? — Perguntou acariciando-a na perna.

— Nate me pediu em casamento.

— Mas você sempre deixou claro que não queria casar.

— Acho que ele foi o único que não entendeu isso.

— Mas o que te fez sair de lá assim não foi isso, foi? — Andrea negou.

— Começamos a discutir então eu gritei que tinha me apaixonado pela Miranda, eu só consegui chorar e sair de lá correndo, nunca vai acontecer, mamãe, Miranda e eu, e foi assustador quando eu admiti isso e me dei conta de que não vai ser.

— Eu sinto muito por isso querida.

— Como pude gostar dela assim tão rápido?

— Algumas coisas apenas são, não entendemos ou explicamos.

— Eu não deveria ter gritado isso, mas o Nate me irrirou quando disse que não adiantar sofrer por ele.

— Essa Miranda não é como o filho, é? Porque se ela for e aparecer aqui, eu a coloco pra correr.

— A Miranda é incrível, mamãe, não se parece nada com a Miranda que as revistas de fofoca dizem, ela é engraçada, prestativa, uma mãe maravilhosa, é ela é apenas Miranda — Lembrou de como Miranda se referiu a si própria — E é simplesmente impossível não se apaixonar por ela.

— Descanse um pouco, quer comer alguma coisa?

— Não, eu estou sem fome.

— Tudo bem, eu volto depois, tome o chocolate e durma um pouco, vai se sentir melhor quando acordar — Disse acariciando-a nos cabelos e a beijou — Boa noite querida.

— Boa noite — Claire saiu do quarto fechando a porta de Andrea ficou ali com o copo de chocolate nas mãos enquanto encarava a madeira branca.

Seu peito doía, sua mente gritava, Nate contaria a Miranda o que houve, provavelmente a colocaria como o monstro da história, iria distorcer absolutamente tudo o que realmente havia acontecido, mas ela não podia fazer nada em relação a aquilo, pediria a Lily e a Doug para pegarem suas coisas no apartamento de Nate e levarem para o seu, por sorte ainda o tinha, mas já não sabia se continuaria em Nova York ou voltaria a morar com os pais em Ohio, talvez pudesse criar um blog sobre decoração e ajudar a mãe no trabalho, teria que começar a pensar em si novamente.

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