Chegamos em um penhasco que além dele havia o mar, o mar que estava bravo e as ondas se chocavam com força nas rochas bem distante. A chuva deixou-me ensopado e a Anna.Seu corpo todo molhado e sedento de sangue manchado por todo o tecido daquele vestido, os lábios que eram vermelho estavam roxos e seu rosto mais frio do que a brisa da maresia. Ela em meu colo totalmente imóvel e fria, meus olhos só conseguiam chorar e mais nada.
Sentei-me com ela naquela grama gelada e acariciei seu rosto lembrando das últimas vezes que fiz e ela estava com os olhos abertos me olhando sorrindo e contente. Abracei novamente seu corpo e a chuva atacava minhas costas como se seus pingos fossem granizos caindo em mim, ela estava ali comigo, e morta, morta porque quis me manter vivo.
Olhei para o mar abalado e o céu nublado com nuvens baixas, o sol que a muitos dias não se mostrava estava em guerra com a chuva, pois eu via um brilho insistindo para sair entre elas. Fechei meus olhos caindo nas lembranças que tive com a minha amada e meu peito doeu muito por lembrar que não teria novamente.
Abri meus olhos sentindo a chuva parar mas o céu ainda estava nublado, o sol estava lá finalmente, mas a escuridão foi começando a existir, eu vi a lua atravessar e se colocar na frente do sol e fazer a noite chegar... Um eclipse.
–Se eu pudesse voltar no tempo e ter tentado te fazer feliz... Eu começaria insistindo em fazer as pazes com o seu pai. — conversei olhando para ela como se ela estivesse viva. — eu tenho poder o suficiente pra desfazer a lei, porque nunca existiu líder das duas raças, apenas dos Lycan's. Mais a minha raiva por meu pai ter morrido, me tomou com uma força grande de ódio, eu não pensei em você, eu pensei em mim... Eu quis te usar, Anna. Mas eu me arrependi antes... Eu me apaixonei, eu te amei eu te amo. Jung poderia ter tentado também, mas ele nunca vai esquecer a sua mãe, e nem o que ele fez com ela. Eu fui idiota por não ter tentado por você, e agora eu te perdi, e perdi o bebê que você iria me presentear com tanto amor. — acariciei sua barriga cortada e senti o ferimento em minha mão. — me perdoe... — chorei beijando seus lábios frios e senti algo estranho, como tivesse alguém atrás de mim mas eu não conseguia me virar para ver, até que um peso se fez em meu ombro como se alguém tivesse tocado lá. Olhei para o céu e vi raios e trovões acima das nuvens e o vento então passou por mim calmamente com o cheiro do mar. Coloquei cuidadosamente Anna deitada na grama e me levantei me virando de costas e não encontrei nada, estava escuro e não senti cheiro de nada. Olhei novamente para o céu vendo o eclipse lá e das nuvens eu vi elas se abrirem e mostrar o céu claro mas com um brilho redondo e pequeno passar e as nuvens se fecharem como duas portas. O brilho era uma estrela que duplicou se aproximando e vinham como se dançassem no ar. E era a única luz no momento. As estrelas se tornaram dois grandes flocos de luz e de cada uma surgiu duas pessoas. O meu pai, e a outra era... — pai? M-mãe? — franzi o cenho contendo as lágrimas e então meus joelhos dobraram se chocando ao chão em ver eles dois juntos pela primeira vez.
–Por que chora meu filho? — a voz doce e calma que ouvi era da minha mãe, a mesma se aproximou de mim e tocou em meu rosto. — não chore...
–Mãe... — a mesma sorriu ladino e eu toquei sua mão brilhante, eles tinham um brilho em volta de si que era incrível.
–Tenho tanto orgulho de você. Você se tornou o homem que eu e seu pai sempre soubemos que seria. Você não tem que pedir perdão por uma coisa que não é sua culpa meu amor. A culpa é nossa, foram nossos erros que levou a vocês terem de sofrer assim. Somos nós quem devemos pedir perdão, eu me matei por engano, por medo, e não pensei em você e em seu pai. Eu devia ter pensado, portanto me perdoe, Yoongi. — me levantei segurando a mão dela e então sorri levando a outra mão para acariciar seu rosto. Ela fechou os olhos sorrindo e então logo se afastou dando espaço para meu pai.
–Pai... Eu sinto a sua falta...
–Eu também sinto. Yoongi eu subestimei sua capacidade. Você realmente tem coragem e determinação para fazer seu bom papel de líder. — sorriu ele e olhou para o corpo da Anna ao lado. — olhar pra ela parece que foi ontem que eu tentei ajudar a Roberta para tê-la.
–Anna e o bebê estão lá com vocês? — perguntei curioso e ele apenas sorriu sem me dizer nada.
–Ela é corajosa, e muito. Ela disse que te ama, e disse que está ansiosa pra te ver. — sorriu ele novamente olhando para trás de mim como se pudesse ver alguém.
–Onde ela está? — perguntei sentindo um frio na mão direita e nas costas.
–Ela está bem perto de você, tocando sua mão e olhando para você. Ela te perdoa por seus atos e por todas as coisas que você disse. — fechei os olhos sentindo as lágrimas caíram por meu rosto.
–Saiba que sempre vamos estar por perto te guiando meu amor. — disse minha mãe e meu pai se pôs ao lado dela pegando em sua mão. — eu te amo.
–Eu te amo. — disse meu pai e os dois começaram a sumir naquela luz até voltarem a ser dois brilhos pequenos e seguirem de volta para o céu.
A escuridão voltou e eu nem conseguia enxergar direito, mas ao olhar para o céu e novamente ver o mesmo de antes só que um brilho maior, eu me assustei e então me juntei novamente ao corpo da Anna. Então era um dos espíritos, ele era resplandecente e usava uma capa branca com um gorro cobrindo a cabeça.
–Se afaste do corpo. — ordenou e eu então me afastei e ele se aproximou tocando o rosto dela e olhando o ferimento com suas mãos brancas e brilhantes.
–O que vai fazer? — perguntei.
–O meu trabalho. — disse ele e se levantou. Eu fiz o mesmo, então ergueu as mãos afrente dela e o corpo da Anna nos ares tendo como uma adrenalina o vento forte que balançava o vestido e os fios dela com força. Foi aí que ele a cobriu com uma coisa que mais parecia uma espécie de luz e eu não consegui mais ver o rosto dela e nem nada. A luz fez eu cair e fechar os olhos.
{Até o próximo capítulo 🌒}
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BLUE LAKE I 🌘{Yoongi}🌒
FanfictionTradução: LAGO AZUL 🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘🌘 Em meio a floresta existe um lago que separa duas raças fortes. Vampiros e Lycan's (lobos) são separados por um simples motivo. A tentativa de não deixar a paz e o amor aproximarem as raças, s...