BLUE LAKE I 🌘{Yoongi}🌒

🌘Uma visão infeliz🌒

As meninas estavam mais aliviadas com o fato do Jungkook, assim que lhes contei que ficaria melhor, elas sorriram e ficaram muito felizes e pararam de chorar. Eu simplesmente não estava chorando já a um bom tempo desde que eu me lembre. Me sentei pois comecei a sentir uma leve tontura na cabeça e um peso nas costas. As duas perceberam e vieram até mim me acudindo sigilosamente.

–Anna? O que você tem? —Sônia parecia espantada comigo. — nossa!

–Eu tenho um bebê dentro de mim. — falei quase arrogante demais pelo visto e ela bufou revirando os olhos.

–Anna, se sente bem? — Serena analisou meus olhos e lábios até ter a conclusão de que eu estava meio desidratada. — você não tá se alimentando direito? — olhei para os lados procurando um buraco pra me enfiar. — Anna você é doida? Está grávida precisa se alimentar do jeito que é! O bebê precisa!

–Tá, tá eu já sei! — me levantei de uma vez agoniada com tudo o que me dizia e a tontura me pegou como se me deixasse enlaçada e me puxasse para baixo, eu sentei novamente pela fraqueza em meu corpo. — Sônia, me traga sangue, por favor!

–Claro! Vou buscar em um minuto. — Sônia correu para a porta do quarto e a abriu com necessidade e saiu correndo sem nem fechar de volta.

–Serena... Fecha a porta por favor?— a mesma assentiu e foi fechar a porta, depois voltou e segurou a minha mão. — eu vou ser uma péssima mãe não é?— falei sentindo as lágrimas preencherem meus olhos e então Serena tocou meus cabelos.

–Você vai ser uma ótima mãe. Nada de ficar se acusando, você está no momento de tristeza que ninguém quer, óbvio que vontade de matar sua sede não vai, ao menos se esforce por ele! — olhei para ela sentindo dor de cabeça pelo mínimo esforço e então recostei a cabeça em seu ombro.

–Muito obrigada. — sussurrei e então a Sônia entrou no quarto com uma bandeja em mãos, havia uma jarra de prata e um copo nela, a Sônia a colocou em meu criado mudo e serviu-me. — obrigada! — no momento em que eu ia pegar o copo da mão dela ela deu um pulo com impulso para trás fazendo o copo cair antes de eu pegar, e foi sangue pra todo lado. Quando olhamos para ela, as pupilas dela sumiram e restou somente o branco como quem estava tendo uma visão. — Merda! Sônia? — ela voltou ao normal e me olhou de cima à baixo me analisando principalmente na parte da barriga. Eu e Serena franzimos nossas testas e ela começou a chorar desesperada.

–Minha nossa! Anna... — disse a Sônia aos prantos enquanto se controlava pondo as mãos na boca para poupar nossos ouvidos de seus soluços.

–O que há com você? — perguntou a voz calma da Serena e eu assenti concordando com ela na pergunta.

–Eu... — tentei tocar nela, mas ela se afastou ainda aos prantos. — Sônia, o que viu?

–F-foi horrível demais... — meu coração já estava acelerado com o descontrole da situação, mas ela não me respondeu. — desculpa Anna, eu não consigo te contar... me perdoe! Eu sinto muito por você, eu juro! — estas foram as últimas palavras dela, assim que ditas a Sônia saiu correndo de meu quarto.

Depois de alguns minutos eu e Serena tentamos achar um modo de esquecer do que havia acontecido, só que eu estava muito preocupada e curiosa, queria saber o que ela havia visto, e o que viu foi alguma coisa desastrosa, porque nem quis me dizer, mas eu vou descobrir de algum jeito.

–Eu vou falar com ela agora. — me levantei da cama e então Serena me impediu de chegar até a porta. — o que foi?

–Calma Anna. Você precisa ficar mais calma.

–Eu tô ótima, e vou ficar melhor ainda quando souber o que ela viu sobre mim. — falei e ela concordou com a cabeça e me soltou.

–Só tenha cuidado, e tente fazer ela te contar porque provavelmente ela vai inventar algo pra te fazer parar.

–Ela vai contar, por favor, fique aqui. — ela sorriu fechado e meiga indo para a cama se sentar e voltar a pentear seus cabelos.

Saindo de lá eu corri feito louca pelo corredor, louca para chegar ao corredor do quarto da minha irmã, eu dobrei a direita indo até a porta e lá estava eu. Batia loucamente clamando por seu nome e nada de ela aparecer. De tanto espernear quem apareceu atrás de mim foi o meu pai, e eu tive que tentar fazer ele não perceber minha agitação.

{Até o próximo capítulo 🌒}