5° Capítulo

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yurixa: WOONGIE
WOONGIE
ENTÃO
FALARAM?

eu: oque foi rata? queres me deixar em paz?

yurixa: ih, já vi que deu tudo errado

eu: pois neah, estraguei tudo, como sempre, amaste?

yurixa: claro que estragaste tudo, aposto que ele puxou assunto e tu mal respondeste

eu: para de me conhecer bem sff, eu tou zangado agora, podia sim ter falado com ele como uma pessoa normal, mas simplesmente travei e ainda lhe respondi mal, sou um idiota, obrigada por me lembrares

yurixa: WOONGIE PAH, EU VOU PARTIR TE A BOCA
não digas isso, e não te faças de vítima, a culpa foi tua sim, mas podes remediar isso, tenta perder essa vergonha, ele quer ser teu amigo!

eu: falar é fácil neah amada, mas pronto, tens razão
eu vou tentar, mas vai parecer estranho e forçado na mesma

yurixa: é só agir naturalmente

eu: PARA DE FALAR COMO SE FOSSE FÁCIL

atirei o meu telemóvel para a cama, arrependendo-me um pouco porque não tinha dinheiro para outro. em seguida, foi a minha vez de cair na cama, mas a gritar fino com a cara na almofada.

estava a sentir me o maior burro da história, e eu era. devia ter ouvido a yurin e perdido a vergonha. esta vergonha nem tem fundamento nenhum, é só porque sou um burro em duas patas.

— AAAAAAAAAAAAAAAHHH QUE ÓDIO. - gritei bem alto com a cara ainda na almofada. - BURRO, BURRO, BURRO, BURRO!

— QUE FOI YEO HWANWOONG, QUE GRITARIA É ESSA?! - ouvi a voz da minha mãe por detrás da porta, cada vez mais próxima. ela estava a vir em direção ao meu quarto. entretanto, ela entrou no cómodo sem nem bater na porta. - uma pessoa a fazer o jantar e começa a ouvir berros, ninguém merece!

virei a cara para poder olhar para ela. estava de avental, com uma colher de pau na mão e o cabelo atado. por momentos pensei que ela me ia bater, mas depois ela sentou-se na cama e olhou para mim.

oque se passa filho? não é normal essa cara tristonha. - ela parecia preocupada comigo por uma coisa tão mínima. gosto quando ela repara que estou com algum problema.

oque ia eu dizer? "olha mãe, sou um idiota e fugi do menino que observo pela janela!". e foi isso mesmo que eu disse.

— yeo hwanwoong? tu observas o nosso vizinho? o youngjo? filho? - ela ficou muito confusa mesmo. por momentos quis rir da cara dela, mas a vontade de chorar era maior. - meus deus filho, nunca pensei que fosses um stalker!

— okk mãe, mas esse não é o ponto! - agora estava sentado na cama, com as pernas cruzadas, a olhar para a minha mãe. - eu queria ser pelo menos amigo dele, mas tenho vergonha demais!

— ai hwanwoong, oque queres que eu faça? tu não tens vergonha, tens é medo que ele saiba que o andas a observar! - fiquei sem saber oque lhe responder. e se fosse mesmo isso? - pensas que não te conheço? foram 10 horas de trabalho de parto, não me enganas meu menino! conheço te muito bem. toma vergonha nessa cara e fala logo com o youngjo antes que eu o faça.

ela piscou o olho com o seu sorrisinho, apesar de eu saber que ela não estava a brincar, e saiu do quarto, para continuar a preparar o jantar.

tornei a enfiar a minha cara na almofada e a dar um berro abafado pela mesma. tomar vergonha na cara para falar com ele como uma pessoa normal parecia tão difícil quanto cortar o meu próprio braço. mas fazer oque, todos os meus amigos gostaram muito dele e dos seus amigos e vão fazer questão de estar com os mesmos todos os dias.

— ok, cansei. - falei para mim mesmo, me levantando da cama. - vou tomar vergonha na cara mesmo.

peguei no meu frasquinho com com conchas que pegava na praia, fui em direção à janela e abri a mesma, olhando fixamente para a janela dele.

respirei fundo e, com uma dor no coração por ir perder algumas das minhas conchas, comecei a atirar algumas para a janela dele, com a intenção de ele perceber e vir à janela.

o meu coração estava acelerado, eu ainda tenho medo de falar com ele, mas já que tomei este pingo de coragem, iria aproveitar, antes que a coragem toda passasse e eu desesperasse.

e por fim, aconteceu oque eu mais temia.

— ei! porque estás a mandar coisas para a minha janela? - ele apareceu na janela, só com uns calções vestidos. quase que senti a minha cara explodir. fiquei paralisado de novo. - eiiii, estou a fazer uma pergunta!

— ah... ah sim, desculpa! - digo atrapalhado. tinha que conseguir, eu ia conseguir falar com ele sem parecer um palhaço. respirei fundo e continuei. - era para pedir desculpas por há pouco. eu estava com vergonha, mas não foi a minha intenção ser rude ou fugir daquela maneira... na verdade, tenho muita vontade de ser teu amigo já há algum tempo, mas sempre tive vergonha.

ele ficou a olhar para mim sem dizer nada, mas passado um pouco ele soltou um sorrisinho.

— vergonha ne.... entendo, não faz mal. - o sorriso dele não saia da sua cara, como se eu tivesse dito algo engraçado. eu disse alto engraçado?

— é... desculpa por parecer que te quero evitar, muito pelo contrário. amanhã vou começar a agir como alguém normal ihih. - desta vez foi a minha de soltar um risinho.

— mas porquê a vergonha? algum motivo em particular?

fiquei estático na hora. será que ele sabia? falamos tão pouco e ele vem com estas perguntas assim, como se quisesse dizer algo indiretamente. de qualquer forma, tentei afastar essa possibilidade da minha cabeça, eu não dou assim tanto nas vistas ne?

— hm, acho que era só porque és meu vizinho e não sou amigo de ninguém aqui do condomínio, aí ia ser estranho falar na escola com alguém que mora aqui sabes? nada demais. - as minhas desculpas esfarrapadas eram incríveis de facto. estava impressionado também com o facto que estava a falar com ele sem parecer que tenho algum tipo de problema. progressos.

— hm... entendo. - ele olhou para baixo, como se não quisesse olhar me nos olhos, mas levantou o olhar depois. - ok então, vou jantar, vemo-nos amanhã! adeus.

ele acenou se despedindo de mim e sorrindo sem mostrar os dentes. fiz o mesmo e em seguida fechei a janela.

encostei me à parede com os olhos a brilhar e depois sentei me no chão. a vontade de gritar era grande, mas dests vez seria de felicidade.

eu, yeo hwanwoong, falei com o meu vizinho que observo há um ano pela janela, e sim, eu falei sem parecer que tinha tido um derrame. ESTAVA ORGULHOSO DE MIM.

eu: YURIXA MEU DEUS, EU FALEI COM ELE

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e aqui tem a atualização que duas pessoas querem ler! não está muito bom, mas ok, fazer oque

até à próxima uwu

𝚆𝚊𝚝𝚌𝚑𝚎𝚛; 𝚛𝚊𝚟𝚗𝚠𝚘𝚘𝚗𝚐Onde histórias criam vida. Descubra agora