Capítulo 32

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Jungkook dormia tranquilamente em seu quarto, logo ao lado o tigrezinho o abraçava como uma pelúcia e chupava o dedo, por ter perdido mais uma vez entre milhares a sua chupetinha de urso. Taehyung, no entanto, estava acordado, ouvindo atentamente todos os barulhinhos ao seu redor. Tinham pássaros cantando, o celular do Jeon fazendo barulho a cada mensagem que chegava e também sua respiração.

Apesar de ter ficado em sua própria caminha acabou indo atrás do mais velho após um pesadelo, dormecendo e ficando por ali mesmo, afinal, o Jeon não teve coragem de deixá-lo sozinho após vê-lo chorar de medo por causa do sonho que teve. O moreno recordou-se então de que quando era criança também sofria muito com isso, mas sua mãe não gostava nada de dividir a cama com o filho, por isso acabava por ficar ele e seu pai, encolhidos pela falta de espaço, na cama do menor.

Ainda atento aos barulhinhos ao seu redor, o Kim ouviu quando a campainha da casa foi tocada. Ergueu-se um pouquinho para chamar pelo mais velho, sacudindo-o, porém ele permaneceu desacordado. O maior sempre teve um sono pesado, acordá-lo era quase que uma tarefa impossível. No entanto, de alguma forma que o loirinho e nem Jungkook sabiam explicar, sempre que o híbrido chorava ou estava em perigo o Jeon imediatamente acordava.

Desistindo de chamar pelo Jeon o menino deixou o quarto sozinho, desceu as escadas e caminhou à porta da sala. Ficou pensando se deveria realmente abrir, tinha uma experiência nada boa de que sair da casa sem companhia não era uma ideia inteligente. Enquanto pensava nisso a campainha tocou novamente, dessa vez a voz de uma mulher acompanhou o estridente barulho que soou pelos cômodos da residência, e imediatamente ele reconheceu a pessoa que esperava do lado de fora.

Ainda relutante destrancou a porta e a abriu, ergueu o rosto e viu o cansado e entristecido da senhora Jeon. Ambos ficaram se encarando por alguns momentos, sem saberem exatamente o que dizer ou fazer.

—Com licença, me desculpe, mas se importaria de conversarmos? — Agachou-se um pouco para que pudesse ficar à altura do menor e, consequentemente, encará-lo melhor. Ele até pensou em recusar, mas seu corpo não obedeceu o comando de sua mente e apenas deu espaço para a mais velha entrar. — Obrigada.

Jungumimindo, Taetae tentô cordar ele mas nhaum conseguiu! — Ficou com as mãozinhas na frente do corpo e brincando com seus dedinhos, um tanto constrangido de estar sozinho na presença da mãe de seu hyung.

—Não tem problema, só me ouve, tudo bem? — Sentando-se numa poltrona, chamou o mais novo com as mãos para que se aproximasse. — Você já sentiu alguma vez como se fizesse tudo errado mas ao mesmo tempo não soubesse como mudar e fazer o certo?

—Algumas vezes na minha vidinha fiz coisinhas eladas também! Mas o Taetae pensou e pensou, achar o errinho, e fez o contálio! — Mesmo com um pouquinho de medo, aproximou-se da senhora e ainda arriscou pegar em sua mão. — Por exempo, se você joga um joguinho de labilinto e virando a esquerda nhaum consegue chegar no final, faz ao contálio, vai pela dileita! Tendeu?

—Joguinhos não tem nada a ver com a minha situação, mas até que faz sentido… Me diz uma coisa? — Apesar de ter feito uma pergunta ao loirinho não o esperou responder, continuou a falar, como se estivesse impaciente. — Por que você fala tudo errado mesmo com a idade que tem?

—Ah… Às vezes o Taetae tenta falar certinho, mas nhaum consegue, puque sou pequenininho! Jungu nhaum se impoita de o Taetae falar assim… — Desviou o olhar para o alto da escada, esperando que Jungkook estivesse vindo, e realmente o encontrou, porém ele logo voltou para o quarto. Triste, apenas tornou a olhar para a Sra. Jeon, com os olhinhos brilhando, querendo chorar.

A baby tiger in my house •Taekook•Onde histórias criam vida. Descubra agora